O presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou a comunidade internacional por condenar o programa nuclear do Irã e não citar o arsenal de Israel (Arquivo/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2010 às 12h26.
La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou hoje Israel por ter um arsenal de "60 e 200 bombas nucleares", após aceitar ajuda do Irã de 200 milhões de euros (US$ 254 milhões) para projetos neste país andino.
Morales disse que, segundo os relatórios que tem Israel possui essa quantidade de bombas que não foram declaradas oficialmente, nem são investigadas pela ONU, nem este organismo impôs qualquer sanção por tê-las desenvolvido.
Por outro lado, apontou que o "Irã é permanentemente ameaçado pelos Estados Unidos", apesar de "relatórios oficiais e de caráter internacional" confirmam, segundo Morales, que esse país islâmico "não tem uma só bomba nuclear".
"Aqui nos perguntamos por que o Irã é castigado, enquanto Israel pode ter arsenal nuclear ilegal", questionou o líder.
Morales fez as declarações no Palácio de Governo, ao lado do ministro de Indústria e Minas iraniano, Ali Akbar Mehravian, que chegou a La Paz para anunciar o crédito 200 milhões de euros à Bolívia.
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