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Morales afirma que não vai e nem quer encontrar Obama

O presidente da Bolívia afirmou que não tem planos de reunir-se com o presidente americano e que sequer deseja esse encontro


	O presidente da Bolívia, Evo Morales: "não vou me reunir com o presidente dos Estados Unidos, nem desejo isso"
 (ABI/Bolivian Presidency/Handout/Reuters)

O presidente da Bolívia, Evo Morales: "não vou me reunir com o presidente dos Estados Unidos, nem desejo isso" (ABI/Bolivian Presidency/Handout/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 23h05.

Cidade do Panamá - O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta sexta-feira no Panamá que não tem planos de reunir-se com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e assegurou que nem sequer deseja esse encontro.

Morales fez esse comentário ao chegar ao centro de convenções Atlapa para a abertura da VII Cúpula das Américas, que a partir de hoje reúne os líderes de 35 países do continente e pela primeira vez inclui Cuba, até agora marginalizada por pressões dos EUA.

Diante da pergunta de uma jornalista sobre um possível encontro com Obama, Morales foi taxativo: "Não vou me reunir com o presidente dos Estados Unidos, nem desejo isso".

O líder boliviano disse que, pelo contrário, pretende condenar na cúpula as sanções que os Estados Unidos aplicaram ao governo venezuelano, que incluíram declarar esse país como uma "ameaça" para sua segurança.

Nesta cúpula, a Venezuela tentou introduzir em um documento já pactuado um parágrafo de condenação às medidas executivas do governo dos Estados Unidos contra o país sul-americano.

O pedido da Venezuela foi rejeitado por algumas delegações, entre elas as de EUA e Canadá, o que impediu que se alcançasse o consenso necessário para que os 35 países do continente americano adotassem um documento conjunto sobre políticas para o desenvolvimento.

Segundo disse Morales, "essa foi outra prova da prepotência imperial" e impediu que se aprovasse um documento.

"Aqui há 33 países latino-americanos que apoiam a Venezuela e duas potências imperiais (Estados Unidos e Canadá) que a atacam. Por isso não haverá um documento nesta cúpula", declarou.

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