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Monti segue somando apoios e recebe respaldo do Vaticano

Jornal da Santa Sé, "L"Osservatore Romano", publicou artigo intitulado "A entrada na política do senador Monti", assinado por Marco Bellizi, em que expressa apoio a Monti


	O primeiro-ministro italiano renunciante, Mario Monti: Monti sucedeu Berlusconi à frente do Governo italiano em novembro de 2011
 (©afp.com / Vincenzo Pinto)

O primeiro-ministro italiano renunciante, Mario Monti: Monti sucedeu Berlusconi à frente do Governo italiano em novembro de 2011 (©afp.com / Vincenzo Pinto)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 16h25.

Roma - O demissionário primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, adiou nesta quinta-feira uma reunião com os partidos centristas, mas seguiu somando apoios para sua entrada na política no pleito de fevereiro de 2013 ao garantir o respaldo do Vaticano.

O jornal da Santa Sé, "L"Osservatore Romano", publicou hoje um artigo intitulado "A entrada na política do senador Monti", assinado por Marco Bellizi, no qual expressa seu apoio ao chefe do Governo tecnocrata interino e considera que se trata de "uma aliança para recuperar o sentido mais alto e nobre da política".

"Anunciando seu compromisso com a política, Monti pretende abrir a segunda fase de um programa reformador que foi apenas esboçado no último ano sobre a base da conjuntura financeira", afirma o artigo do jornal vaticano.

Este novo apoio se soma ao expressado por movimentos políticos e partidos de centro e chega depois que no último dia 23 de dezembro Monti anunciou sua disponibilidade para guiar as forças políticas que adotassem seu programa para o país visando as próximas eleições gerais, previstas para 24 e 25 de fevereiro.

A imprensa italiana informou ao longo de todo o dia que Monti e os líderes das forças centristas se reuniriam amanhã, mas este encontro foi desmentido por fontes ligadas ao chefe do Executivo.

A expectativa é que o chefe de Governo interino mantenha várias reuniões com alguns de seus ministros que já anunciaram sua intenção de seguir-lhe na aventura política, para estudar a estratégia da campanha eleitoral.


Monti não pode apresentar-se oficialmente como candidato nas listas eleitorais por sua condição de senador vitalício, mas poderia ser proposto como primeiro-ministro no caso que a lista à qual expressar seu apoio ganhar as eleições.

Os meios de comunicação italianos destacaram hoje que Monti preferiria uma lista eleitoral única que propusesse seu nome como presidente do Governo, em vez de uma coalizão formada por vários partidos e movimentos.

Enquanto na arena política de centro se procura um plano para tornar viável a presença de Monti em campanha eleitoral, o líder do Partido Democrata (PD), Pier Luigi Bersani, pediu ao chefe do Executivo tecnocrata interino que se mantenha à margem da corrida eleitoral.

Se Bersani, a cujo partido as pesquisas outorgam o maior número de votos nas próximas eleições, mantém um tom correto em seu discurso sobre Monti e sua entrada na política, diferente foi a reação do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, muito crítico à atuação de seu sucessor no Governo durante seu pouco mais de um ano de mandato.

"Il Cavaliere" voltou hoje a atacar o Executivo tecnocrata de Monti e em alusão às medidas econômicas adotadas por este afirmou que aplicou "um tratamento próprio da Idade Média, quando os doentes se curavam mediante uma sangria após outra até que no final morriam", segundo disse em um discurso em um programa televisivo.

Monti sucedeu Berlusconi à frente do Governo italiano em novembro de 2011, quando a Itália se encontrava na mira dos mercados pelas dúvidas que despertava sua solvência financeira e que levou o prêmio de risco a marcar seu recorde histórico de 575 pontos básicos.

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