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Monti promete rigor e crescimento e defende o euro

Novo primeiro-ministro italiano apresentou ao Senado sua proposta para tirar o país da crise

Monti apresentou nesta quinta-feira ao Senado seu programa para salvar o país da crise (Alberto Pizzoli/AFP)

Monti apresentou nesta quinta-feira ao Senado seu programa para salvar o país da crise (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 11h50.

Roma - O novo chefe de Governo italiano, Mario Monti, prometeu nesta quinta-feira, em seu primeiro discurso no Senado, que aplicará um programa baseado em "rigor, crescimento e equidade" e advertiu que "o futuro do euro depende também do que a Itália fizer".

Mario Monti, que se encontra numa corrida contra o relógio com os mercados, apresentou nesta quinta-feira ao Senado seu programa para salvar o país da crise da dívida que acossa a zona euro.

"A falta de crescimento anulou os sacrifícios" feitos pelos italianos após a aplicação de vários planos de austeridade, ressaltou Monti, que se comprometeu a alcançar o equilíbrio orçamentário para 2013.

"A Europa vive os anos mais difíceis desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou o ex-comissário europeu, antes de pedir o voto de confiança do Senado.

O economista Monti assumiu na quarta-feira o cargo de primeiro-ministro da Itália e apresentou sua equipe de governo, formado apenas por tecnocratas, no qual reservou para si a delicada pasta de Economia.

"O futuro do euro também depende do que a Itália fizer na próxima semana", reconheceu o ex-comissário europeu.

"Não consideramos as exigências da União Europeia (UE) como algo imposto desde o exterior. Não estamos em frentes diferentes. A Europa somos nós", disse.

"Devemos convencer os demais de que começamos a reduzir a relação entre dívida e PIB, dívida que chegou ao nível de 20 anos atrás", ressaltou.

Monti substitui o "Cavaliere" Silvio Berlusconi ao término de uma transição relâmpago, que busca tranquilizar os mercados diante de uma das crises econômicas mais graves da história recente da Itália devido a sua gigantesca dívida pública, de 1,9 trilhão de euros (120% do PIB).

O novo primeiro-ministro também prometeu uma reforma do sistema de aposentadorias, assim como do mercado de trabalho.

"O mercado de trabalho deve ser reformado para que seja mais equitativo. Há trabalhadores muito tutelados e outros sem nenhum amparo", disse. Tratam-se de duas reformas chaves pedidas pela União Europeia e pelos mercados.

O sistema de aposentadorias na Itália é um dos mais sólidos do velho continente, mas "apresenta amplas desigualdades e há camadas privilegiadas sem justificativa", disse.

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