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Monti obtém voto de confiança na Câmara para plano de ajuste

O Executivo obteve a confiança dos deputados com 495 votos a favor, 88 contra e 4 abstenções

Esta é a primeira questão de confiança à qual Monti se submete depois do voto de posse  (Alberto Pizzoli/AFP)

Esta é a primeira questão de confiança à qual Monti se submete depois do voto de posse (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 12h17.

Roma - O governo de Mario Monti superou nesta sexta-feira na Câmara Baixa italiana uma questão de confiança colocada sobre seu plano de ajuste de mais de 30 bilhões de euros, que será submetido ao voto final do plenário no fim desta tarde.

O Executivo obteve a confiança dos deputados com 495 votos a favor, 88 contra e 4 abstenções, em um teste que serve como orientação do resultado que pode ser obtido na votação final do plano de ajuste na Câmara Baixa. Após isso, a proposta deve passar pelo Senado para sua aprovação definitiva, que é prevista para antes do Natal.

A questão de confiança tinha sido apresentada pelo Governo para acelerar a aprovação do plano, pois permite saltar o debate das emendas a um texto que sofreu mudanças substanciais nas comissões parlamentares.

Além disso, esta é a primeira questão de confiança à qual Monti se submete depois do voto de posse realizado nos dias 17 e 18 de novembro no Senado e na Câmara dos Deputados, respectivamente, após a renúncia do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Após votar a favor da posse de Monti, o partido Itália dos Valores (IDV), liderado pelo ex-magistrado Antonio di Pietro, retirou nesta sexta-feira sua confiança ao Executivo tecnocrata, por um plano de ajuste que considera 'não equitativo e injusto'.

'Nós sentimos de verdade, porque não nos permitiram dialogar a fundo este plano, e no entanto pediram a confiança', disse Di Pietro perante o plenário.


Também não votou a favor da questão de confiança a Liga Norte, antigo parceiro do Governo de Berlusconi e único partido que se opôs à posse do Executivo tecnocrata.

A Liga Norte afirmou que a rejeição ao plano é porque ele prejudica os mais fracos, sobretudo na reforma da previdência e na reintrodução do imposto sobre bens imóveis para o primeiro imóvel.

Os dois principais grupos da Câmara Baixa, o Povo da Liberdade (PDL) de Berlusconi e o Partido Democrata (PD), votaram a favor da questão de confiança, mas expressaram que não estão completamente em conformidade com as reformas do plano.

O programa de austeridade inclui tanto medidas de economia como arrecadatórias, entre as quais se destacam tanto uma reforma no plano das pensões quanto um atraso na idade da aposentadoria, assim como a introdução de novos encargos e o aumento do IVA a partir de setembro de 21 a 23%.

A pedido da Liga Norte, Monti comparecerá no plenário da Câmara Baixa às 19h no horário local (16h em Brasília), por isso será atrasada a votação do plano de ajuste pelo menos até as 20h30 no horário local (17h30 em Brasília). 

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