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Monge budista chinês acusado de abusos sexuais renuncia ao cargo

O presidente Associação Budista da China é acusado de ter forçado relações sexuais com duas por duas freiras do templo de Longquan

O monge foi detido e interrogado pelas autoridades como parte da investigação do caso (Jung Yeon-Je/AFP/AFP)

O monge foi detido e interrogado pelas autoridades como parte da investigação do caso (Jung Yeon-Je/AFP/AFP)

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EFE

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 10h07.

Pequim - O Mestre Xuecheng renunciou ao cargo como presidente da Associação Budista da China dias depois de ser acusado de abusar sexualmente de duas ferias em um dos templos que dirige, informou nesta quarta-feira esta organização em comunicado.

A associação acrescentou que aceita a renúncia de Xuecheng, mas não deu mais detalhes sobre o caso.

Xuecheng, cujo nome de nascimento é Fu Ruilin, foi denunciado no começo de agosto por duas freiras do templo de Longquan, um dos mais conhecidos de Pequim, que asseguraram às autoridades que foram forçadas a manter relações sexuais com ele.

Por sua vez, o monge, de 51 anos, acusou as duas denunciantes de distorcer os fatos e disseminar falsa informação, e pediu as autoridades que investiguem o caso.

Segundo os detalhes da denúncia, Xuecheng enviou mensagens pelo menos a seis freiras do templo pequinês com textos ameaçadores nos quais pedia que mantivessem relações sexuais - como parte de um estudo de técnicas de controle da mente, afirma o documento - e pelo menos quatro delas cederam ao pedido.

O monge foi detido e interrogado pelas autoridades como parte da investigação do caso, embora esteja em liberdade.

Como parte do movimento "Me too" que revelaram escândalos como o caso Weinstein nos EUA, algumas mulheres chinesas denunciaram nos últimos meses supostos assédios sexuais de grandes figuras deste país, entre eles acadêmicos, jornalistas, treinadores esportivos e inclusive líderes religiosos.

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