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Monge budista é assassinado a facadas em Bangladesh

Nenhum grupo reivindicou o ataque, o mais recente de uma série de crimes contra intelectuais, escritores e minorias religiosas em Bangladesh


	Budista: monge já havia recebido ameaças de morte
 (Thinkstock/Julien Grondin)

Budista: monge já havia recebido ameaças de morte (Thinkstock/Julien Grondin)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2016 às 15h06.

São Paulo - Um monge budista de 75 anos foi assassinado a golpes de facão em uma área remota de Bandarban, no sudeste de Bangladesh, o mais recente de uma série de ataques contra intelectuais, escritores e minorias, anunciou a polícia.

"Os moradores da localidade encontraram o monge Maung Shue U Chak morto em uma poça de sangue dentro do templo budista esta manhã. Foi assassinado a facadas", disse Jashim Uddin, subcomandante da polícia de Bandarban.

O policial afirmou que aparentemente o monge, que morava sozinho no templo, que fica a 350 km da capital Dacca, foi assassinado neste sábado por pelo menos quatro pessoas.

"Há marcas de pegadas no templo e descobrimos que entre quatro e cinco pessoas entraram no local", informou Uddin.

Nenhum grupo reivindicou o ataque, o mais recente de uma série de crimes contra intelectuais, escritores e minorias religiosas em Bangladesh.

Um advogado e conhecido defensor dos direitos humanos no país, Jyotirmoy Barua, declarou à AFP que o monge havia recebido ameaças de morte.

"Recebeu ameaças de morte, mas ninguém levou a sério", disse.

Bandarban é uma região de maioria budista. A nível nacional, no entanto, os budistas representam menos de 1% da população de Bangladesh, que tem 160 milhões de habitantes.

Nos últimos anos, dezenas de intelectuais, blogueiros, estrangeiros e membros de minorias religiosas foram assassinados no país, em crimes atribuídos a islamitas radicais.

Dois defensores dos direitos dos homossexuais, um professor, um militante atue e um alfaiate hindu foram assassinados nas últimas semanas. O grupo jihadista Estado Islâmico e o braço local da Al-Qaeda reivindicaram alguns ataques.

Mas as autoridades do país negam que grupos islamitas estrangeiros tenham executado os ataques em seu território.

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