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Moçambique diz que não aceita pressão de prazo sobre acordo

Conselho de Ministros, órgão máximo do governo do país, já aprovou a adoção do acordo


	Caderno e caneta: autoridades africanas se queixam dos altos custos dos novos livros didáticos
 (Stock.xchng)

Caderno e caneta: autoridades africanas se queixam dos altos custos dos novos livros didáticos (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 17h04.

Maputo - O governo de Moçambique informou que pretende adotar as novas regras para a ortografia da língua portuguesa, mas não vai aceitar pressões no que diz respeito a prazos. Foi uma resposta às cobranças da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), que fixou para o dia 1º de janeiro próximo a data-limite para que o novo acordo entre em vigor.

O Conselho de Ministros, órgão máximo do governo do país, já aprovou a adoção do acordo. Falta, porém, uma votação simbólica na Assembleia da República – o Parlamento do país – para que entre em vigor.

Autoridades africanas se queixam dos altos custos dos novos livros didáticos, pois os atuais, que podem durar anos, ficariam inutilizados. Só em Moçambique, seriam cerca de R$ 200 milhões, quantia expressiva para um país que está entre os mais pobres do mundo.

Ainda assim, intelectuais como a escritora Paulina Chiziane apoiam o Acordo Ortográfico. “A língua é algo vivo, que evolui. Se lermos os textos dos cronistas antigos, até vamos rir do número de palavras e letras desnecessárias que usavam”, diz ela.

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