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Mnangagwa oferece anistia para quem devolver dinheiro desviado

O novo presidente do Zimbábue argumentou que a operação lançada há duas semanas contra o governo de Mugabe revelou provas de corrupção

Emmerson Mnangagwa: "grandes quantias de dinheiro e outros ativos foram ilegalmente enviados ao exterior por certos indivíduos e corporações" (Mike Hutchings/Reuters)

Emmerson Mnangagwa: "grandes quantias de dinheiro e outros ativos foram ilegalmente enviados ao exterior por certos indivíduos e corporações" (Mike Hutchings/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 19h08.

Harare - O recém designado presidente provisório do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, ofereceu nesta terça-feira uma anistia de três meses para quem devolver dinheiro público obtido irregularmente e enviado ao exterior durante o mandato de seu antecessor, Robert Mugabe.

Mnangagwa, que assumiu o cargo na última sexta-feira, argumentou que a operação lançada pelos militares há duas semanas contra o governo de Mugabe - algo que, segundo os altos comandantes, tinha como objetivo capturar "criminosos" próximos ao líder - revelou provas de corrupção em massa.

Em alguns casos, "grandes quantias de dinheiro e outros ativos foram ilegalmente enviados ao exterior por certos indivíduos e corporações", declarou Mnangagwa.

"Más práticas como estas constituem crimes econômicos muito sérios contra o povo do Zimbábue que o governo nunca consentirá", acrescentou o presidente, que apontou que se o dinheiro for devolvido antes do fim de fevereiro, não serão feitas perguntas nem acusações.

Em seu comunicado, Mnangagwa não citou nomes nem esclareceu se a anistia também vale para membros da família Mugabe, que ostentavam sua riqueza antes da tomada do controle do país por parte dos militares - entre 14 e 15 de novembro - que acabou com a renúncia do ex-presidente após 37 anos no poder.

Mnangagwa assumiu a presidência prometendo atuar contra a corrupção e melhorar a eficiência do governo. Um de seus primeiros anúncios foi encurtar a duração do congresso que seu partido, a União Africana Nacional de Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF), deve realizar em dezembro e cujo custo estimado era de US$ 8 milhões.

Enquanto isso, há uma grande expectativa quanto ao iminente anúncio de um novo gabinete de ministros para substituir o de Mugabe, com a esperança de que sejam incluídos membros da oposição ou tecnocratas que não façam parte do oficialismo.

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