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Mladic se apresentará pela primeira vez ao TPII na sexta-feira

Acusado de genocídio, Ratko Mladic sofreu um derrame cerebral nos últimos anos e não está em condições de ser julgado, segundo sua defesa

Fotos do ex-comandante servo-bósnio Ratko Mladic em 7 de maio de 1993 e depois de ser detido, em 26 de maio de 2011 (Reuters)

Fotos do ex-comandante servo-bósnio Ratko Mladic em 7 de maio de 1993 e depois de ser detido, em 26 de maio de 2011 (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 07h46.

Haia - O ex-general sérvio-bósnio Ratko Mladic comparecerá pela primeira vez na próxima sexta-feira diante do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), segundo informou a Corte.

Mladic - que enfrenta 11 acusações, entre elas genocídio e crimes de lesa-humanidade - poderá declarar-se culpado ou inocente durante essa audiência.

No caso de o acusado se negar a depor, os juízes convocarão outro comparecimento com a mesma finalidade em um prazo de 30 dias.

Segundo a ordem dos juízes, Mladic comparecerá na sexta-feira, 3 de junho, às 10h (5h de Brasília) na sala 1 do tribunal.

Após sua chegada nesta terça-feira à prisão de Scheveningen (perto de Haia), Mladic passou por um exame médico, como estabelece o regulamento da penitenciária.

A família e o advogado de Mladic alegaram em Belgrado antes da transferência do acusado a Haia que o ex-general não estava em condições de ser extraditado por causa de seu delicado estado de saúde, justificativa que foi rejeitada pelas autoridades judiciais sérvias.

Mladic, de 69 anos, sofreu um derrame cerebral nos últimos anos que segundo seu defensor o impede de enfrentar o julgamento em Haia.

O mau estado de saúde do sérvio-bósnio poderia ser um dos eixos principais da defesa para atrasar o início do julgamento.

Durante o primeiro comparecimento também ficará claro se o acusado contará com um advogado defensor ou se ao contrário optará por conduzir a própria defesa, como fez o ex-líder político sérvio-bósnio Radovan Karadzic.

Mladic é acusado de genocídio pelo massacre na cidade bósnia de Srebrenica de 8 mil muçulmanos em 1995.

Também pesa sobre ele, acusações de crimes de lesa-humanidade e de guerra supostamente ocorridos durante o ataque a Sarajevo, que matou 10 mil vidas durante a guerra bósnia (1992-1995).

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