Mundo

Mitt Romney confunde sikh com sheik em discurso

O candidato republicano reiteradamente repetiu a palavra sheik, título que se aplica a líderes religiosos e políticos no mundo árabe

Mitt Romney: o porta-voz de Romney, Rick Groka, assinalou que o ex-governador de Massachusetts "pronunciou mal, palavras com som similar" (©AFP / Alex Kolomoisky)

Mitt Romney: o porta-voz de Romney, Rick Groka, assinalou que o ex-governador de Massachusetts "pronunciou mal, palavras com som similar" (©AFP / Alex Kolomoisky)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2012 às 15h40.

Washington - O candidato republicano à Casa Branca nas eleições de novembro, Mitt Romney, confundiu as palavras sikh e sheik (xeque), em um discurso quando fazia menção ao tiroteio que aconteceu no fim de semana passado em um templo dessa religião.

A imprensa americana repercutiu nesta quarta-feira a gafe do candidato republicano que reiteradamente repetiu a palavra sheik, título que se aplica a líderes religiosos e políticos no mundo árabe, por sikh.

Romney falou sobre o tiroteio em que morreram sete pessoas, incluído o agressor, e três pessoas ficaram feridas, durante um ato de arrecadação de fundos para sua campanha em Iowa na terça-feira.

Segundo o jornal "The Washington Post", Romney tinha se referido corretamente aos sikh em um ato anterior em Chicago (Illinois), mas em Iowa pediu "um minuto de silêncio para aqueles que perderam a vida no templo "sheik"" e acrescentou que "os "sheiks", estão entre as pessoas mais pacíficas e afetuosas que se possa imaginar, assim como sua fé".

O porta-voz de Romney, Rick Groka, assinalou que o ex-governador de Massachusetts "pronunciou mal, palavras com som similar" e que não era sua intenção ofender os fiéis sikhs.

Os sikhs formam a quinta maior religião do planeta, uma crença monoteísta nascida na Índia no século XVI e que conta com 27 milhões de fiéis. Aproximadamente 500 mil deles vivem nos Estados Unidos.


Em sua recente viagem internacional pelo Reino Unido, Israel e Polônia, Romney cometeu vários deslizes, entre eles um comentário crítico à organização dos Jogos Olímpicos de Londres.

Em uma entrevista à rede americana "NBC" gravada em Londres antes da abertura dos Jogos, Romney disse que "é difícil saber se tudo vai correr bem. Há algumas coisas que foram desconcertantes", como a ameaça de greve de oficiais da alfândega no Reino Unido.

Além disso, em reunião com o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, Romney se referiu a ele como "o senhor líder", já que aparentemente esqueceu seu nome. Posteriormente, revelou que teve um encontro com o chefe do serviço britânico de espionagem MI6, uma informação normalmente mantida em segredo.

Quanto à sua passagem por Israel, também tocou em um tema sensível ao se referir a Jerusalém como a capital do país, em discurso destinado a satisfazer uma audiência judia e que irritou Autoridade Nacional Palestina.

O status de Jerusalém é um dos assuntos mais espinhosos do conflito entre palestinos e israelenses.

Israel ocupou a parte oriental da cidade em 1967 e desde 1980 anexou esse território e considera a totalidade da metrópole sua capital "eterna e indivisível".

A comunidade internacional não reconhece Jerusalém como capital de Israel e todos os países mantêm suas embaixadas em Tel Aviv. 

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasEstados Unidos (EUA)MassacresMitt RomneyPaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia