Mundo

Missouri vive distúrbios por causa da morte de jovem negro

A cidade de Ferguson, no estado do Missouri, viveu nova noite de distúrbios após morte de jovem negro causada por um policial

Mulher protesta contra o assassinato de Michael Brown, de 18 anos, por policiais nos EUA (Getty Images)

Mulher protesta contra o assassinato de Michael Brown, de 18 anos, por policiais nos EUA (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 10h10.

Washington - A pequena cidade de Ferguson, no estado do Missouri (EUA), viveu esta segunda-feira uma nova noite de distúrbios e confrontos entre polícia e manifestantes após a polêmica morte de um jovem afro-americano no sábado causada por um agente, em circunstâncias ainda a serem esclarecidas.

As concentrações pacíficas no local do fato tornaram-se violentas ao cair a noite, o que obrigou ao desdobramento de uma centena de agentes que usaram balas de borracha e gás lacrimogêneo, explicou o chefe de Polícia da cidade, Thomas Jackson, aos jornalistas.

A poucos metros de onde no sábado o jovem afro-americano Michael Brown morreu, nesta segunda-feira foram ouvidos de novo disparos e alguns manifestantes jogaram pedras contra os agentes.

Outros se aproximaram dos policiais locais com as mãos para o alto e um grito: "Não atirem em nós".

Segundo a polícia do condado de San Luis, o jovem não estava armado, mas "atacou fisicamente" o agente no carro da polícia e tentou tirar-lhe a arma sem sucesso.

A versão dos familiares e de algumas testemunhas é que Brown não exerceu violência contra o agente, mas se mostrou a ele com os braços para o alto antes de ser atingido.

A morte do jovem, que tinha 18 anos e ia começar a universidade, sacudiu uma cidade de 21 mil habitantes que na última década viu como a minoria afro-americana passou a representar dois terços dos moradores, enquanto os brancos são grande maioria entre os governantes e a Polícia.

Os distúrbios começaram na noite do domingo, quando uma vigília em homenagem a Brown se transformou em um protesto violento de centenas de pessoas na qual inclusive houve saques.

Em entrevista na televisão local, o amigo que acompanhava Brown na noite de sua morte, Dorian Johnson, explicou que o agente abriu fogo perante a negativa de Brown de se movimentar do meio da rua para a calçada e ressaltou que o jovem tinha as mãos sobre a cabeça.

A autópsia do jovem mostrou que ele recebeu vários tiros e agora o FBI e as autoridades locais averiguam o fato.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)FBINegrosPaíses ricosProtestosProtestos no mundoViolência policial

Mais de Mundo

Maduro pede que aliados que não aceitem eletrônicos de presente após explosão de pagers no Líbano

Número de mortos em ataque de Israel ao Líbano sobe para 31

Em meio à tensão no Oriente Médio, Irã revela novos mísseis e drones em desfile militar

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado