Mundo

Missa inaugural do novo papa abarcará religião e política

Evento deve reunir nobres europeus, chefes de Estado e líderes espirituais mundiais


	Papa Francisco: para primeira missa do pontífice é esperada a maior multidão em Roma desde que 1,5 milhão de pessoas acompanharam a beatificação do falecido papa João Paulo 2º, em 1º de maio de 2011.
 (Reuters)

Papa Francisco: para primeira missa do pontífice é esperada a maior multidão em Roma desde que 1,5 milhão de pessoas acompanharam a beatificação do falecido papa João Paulo 2º, em 1º de maio de 2011. (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 23h31.

Cidade do Vaticano - O Vaticano se prepara para receber uma enorme multidão na missa inaugural do papa Francisco na terça-feira, um evento que abarcará religião e política, reunindo nobres europeus, chefes de Estado e líderes espirituais mundiais.

Centenas de milhares de pessoas devem se aglomerar na praça de São Pedro e arredores para a missa que instalará formalmente o argentino Jorge Mario Bergoglio como o novo líder dos 1,2 bilhão de católicos do mundo.

Essa deve ser a maior multidão em Roma desde que 1,5 milhão de pessoas acompanharam a beatificação do falecido papa João Paulo 2º, em 1º de maio de 2011.

O Vaticano disse que seis monarcas, inclusive da Bélgica e de Mônaco, estarão entre os líderes de mais de 130 delegações participantes.

Um participante muito especial será Bartolomeu 1º, patriarca ecumênico do cristianismo ortodoxo. Será o primeiro líder espiritual do cristianismo ortodoxo a comparecer a uma missa papal inaugural desde o Cisma do Oriente, em 1054.

Haverá também mais de 30 delegações representando outras Igrejas cristãs e representantes das comunidades judaica e islâmica.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros governantes ocidentais estarão na mesma ala VIP que o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, que tecnicamente estará violando uma proibição de viagens imposta pela União Europeia por causa de suspeitas de fraude eleitoral e violações dos direitos humanos. Como o Vaticano não é parte da União Europeia, ele não poderá ser incomodado.

O Vaticano salientou que não envia convites para esses eventos, mas que eles são abertos a representantes de todos os países.

Também nesta segunda-feira, o Vaticano apresentou o novo brasão de armas do papa, semelhante ao que ele usava como arcebispo de Buenos Aires, com símbolos representando Jesus, Maria e José.

O lema do brasão será "Miserando atque eligendo" ("Tendo tido misericórdia, ele o chamou"), que vem de uma meditação do venerável Bede, um monge inglês do século 8, a propósito de uma passagem do Evangelho em que Jesus convida São Mateus para se tornar um apóstolo.

Em vários sermões e comentários desde sua surpreendente eleição na quarta-feira, Francisco pediu às pessoas que sejam mais misericordiosas e menos propensas a condenarem falhas alheias.

O anel papal escolhido por Francisco é feito de prata banhada a ouro e retrata São Pedro segurando as chaves do céu.

O anel e um pálio, vestimenta litúrgica usada em volta do pescoço e feita de lã de cordeiro, para simbolizar o papel de Jesus como pastor das almas, serão colocados no local onde se acredita que São Pedro esteja sepultado.

As duas peças passarão a noite no local, e o papa os colocará antes da missa.

O Vaticano disse que cerca de 150 cardeais, inclusive os 114 prelados que participaram do conclave que elegeu Francisco, irão concelebrar a missa.

Acompanhe tudo sobre:Jorge Mario BergoglioPaíses ricosPapa FranciscoPapasVaticano

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'