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Minneapolis proíbe policiais de fazer estrangulamentos

Cidade foi palco, na última semana, da morte de George Floyd; o homem, que era negro, foi assassinado por um policial branco, que o asfixiou

Protesto em Minneapolis após assassinato de George Floyd  (Carlos Barria/Reuters)

Protesto em Minneapolis após assassinato de George Floyd (Carlos Barria/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 5 de junho de 2020 às 19h32.

Última atualização em 5 de junho de 2020 às 19h40.

A Câmara Municipal da cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, proibiu que as forças policiais locais usem estrangulamentos para deter suspeitos durante os próximos dez dias, enquanto o Departamento de Polícia local está sob investigação.

A cidade foi palco, na última semana, da morte de George Floyd. O homem, que era negro, foi assassinado por um policial branco, que o asfixiou. Desde a morte de Floyd, protestos contra o racismo dentro das forças policiais americanas tomaram os Estados Unidos.

Em nota divulgada no site da prefeitura, o governo de Minneapolis afirma que os conselheiros (como são chamados os vereadores no país) da cidade aprovaram uma ordem do Departamento de Direitos Humanos de Minnesota, estado cuja cidade é capital, que instaura mudanças na polícia como parte da investigação que apura desrespeito aos direitos civis.

O Departamento de Direitos Humanos de Minnesota iniciou a investigação depois de registrar uma acusação de direitos civis relacionada à morte de George Floyd.

Além da proibição de estrangulamentos, foram implementadas outras mudanças:

  • O uso de força não autorizada por algum policial deve ser denunciado pelos colegas;
  • policiais que presenciarem colegas efetuando ações violentas e não interromperem poderão ser considerados igualmente culpados;
  • somente o chefe de polícia ou seu designado no posto de vice-chefe ou acima pode autorizar o uso de armas de controle de multidões durante protestos.

A investigação sobre procedimentos policiais dos últimos dez anos pretende determinar se a polícia local adotou práticas discriminatórias sistemáticas em relação a negros, para garantir que as práticas sejam interrompidas.

Caso George Floyd

O funeral de George Floyd começou nesta quinta-feira. Nesta sexta, os Estados Unidos tiveram seu 11º dia de protesto contra o racismo. Além de manifestações, marcas e celebridades se posicionaram contra a violência policial que atinge negros, assim como os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama.

Todos os quatro policiais envolvidos no assassinato de George Floyd em 25 de maio enfrentarão acusações criminais.

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