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Ministros renunciam, mas manifestações continuam no Egito

Anúncio de um novo gabinete poderá ser feito ainda neste sábado

Com a onda de protestos, é grande a procura de voos por turistas estrangeiros no Egito (AFP)

Com a onda de protestos, é grande a procura de voos por turistas estrangeiros no Egito (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2011 às 10h30.

Cairo - O primeiro-ministro, Ahmed Nazif, e demais integrantes do alto escalão do governo pediram demissão, hoje (29) no Egito, conforme as ordens do Presidente, Hosni Mubarak. O anúncio de um novo gabinete poderá ser feito ainda neste sábado, de acordo com a Agência Lusa com informações da TV estatal egípcia.

A renúncia ocorre após dias de protestos da população contra a permanência de Mubarak no poder e horas após o discurso do presidente egípcio à nação pela televisão anunciando a demissão de integrantes do governo na tentativa de conter o caos que se instalou no Egito. Porém, ele, que comanda o país por quase três décadas, resiste e não dá sinais de que pretenda renunciar.

Segundo a BBC, mesmo com a demissão dos ministros, centenas de manifestantes voltaram pelo quinto dia consecutivo às ruas do Cairo, capital do Egito, para pedir a saída de Mubarak. Foram ouvidos tiros e colunas de gás lacrimogêneo puderam ser vistas na região, com as forças de segurança tentando reprimir os manifestantes.

Com a continuidade dos protestos, é grande a procura de voos por turistas estrangeiros no Egito. Só a empresa aérea israelita El Al prepara uma operação para retirar 200 turistas israelitas do país.

De acordo com a Lusa, entre 1,5 mil e 2 mil passageiros estavam hoje de manhã nos dois principais aeroportos egípcios, a maioria sem reservas de voo.

Ontem (28), os serviços de internet e telefonia celular tinham sido, aparentemente, bloqueados no país. Apenas aparelhos de celular estão parcialmente funcionando.

Mubarak, 82 anos, está no poder desde 1981 e enfrenta uma crise política, com manifestações da população. Levantamento parcial mostra que ao menos 26 pessoas morreram desde o início dos protestos na terça-feira (25).

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