O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (AFP/ Adem Altan)
Da Redação
Publicado em 25 de dezembro de 2013 às 09h08.
Istambul - Três ministros que fazem parte do gabinete do premiê da Turquia, Recep Erdogan, renunciaram nesta quarta-feira, em meio a um escândalo de corrupção que tem abalado o governo. O ministro da Economia, Zafer Caglayan, e o ministro do Interior, Muammer Guler, entregaram suas cartas de renúncia nesta manhã, segundo divulgado pela agência estatal de notícias Anadolu.
"Está muito claro que a operação iniciada em 17 de dezembro é uma armação suja contra nosso governo, nosso partido e nosso país. Eu renunciei ao meu cargo de ministro da Economia para ajudar a revelar a verdade e acabar com esse jogo feio, que envolveu meus filhos e amigos próximos", escreveu Caglayan.
Já Guler disse que já tinha informado sua renúncia para Erdogan no dia 17, mas entregou a carta formalizando a saída apenas hoje. Segundo uma emissora de televisão local, o ministro de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Erdogan Bayraktar, também teria renunciado.
O escândalo eclodiu na semana passada, quando a polícia encontrou US$ 4,5 milhões escondidos em caixas de sapato na casa do executivo-chefe do banco estatal Halk Bank, Suleyman Aslan. Os filhos dos ministros e outros indiciados são suspeitos de aceitarem ou facilitarem propinas. Eles foram presos e agora aguardam julgamento.
Erdogan tem dito que a investigação é uma "operação suja" que visa desestabilizar seu governo e prometeu punir as autoridades envolvidas no inquérito. Diversos graduados oficiais de polícia foram removidos de suas funções, incluindo comissários encarregados de combater o crime organizado, contrabando e atividades financeiras criminosas. O chefe de polícia de Istambul, Huseyin Capkin, também foi afastado. Fonte: Dow Jones Newswires.