Valdir Raupp: ministros "tiveram a infelicidade de assumir ministérios já com problemas" (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2011 às 19h13.
Brasília - O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse hoje (18) que os ministros de seu partido assumiram pastas com problemas. Raupp se referiu ao ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que pediu demissão ontem (17), e ao ministro do Turismo, Pedro Novais, que enfrenta um escândalo de desvio de verbas de emendas parlamentares em seu ministério. “O Pedro Novais, assim como o Wagner Rossi, tiveram a infelicidade de assumir ministérios já com problemas. Esses problemas não começaram agora, isso vem represando de muito tempo”, afirmou Raupp.
No caso de Novais, o presidente do PMDB reiterou que os crimes que vêm sendo investigados pela Polícia Federal e que resultaram na Operação Voucher, são anteriores à gestão dele. “Ele está muito novo no cargo, esses problemas vêm do passado”.
Raupp disse que só a apuração das denúncias nas duas pastas vai impedir que outros ministros recebam problemas gerados anteriormente. Raupp evitou citar diretamente nomes de titulares anteriores. “Os ministros se alternam, uma hora é um que ocupa, outra hora é outro, outra hora é um técnico de carreira, como é o caso agora do Ministério dos Transportes”.
Segundo Raupp, a indicação do deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) para o Ministério da Agricultura não fará com que o governo fique com mais um “voto independente” na base aliada na Câmara. O suplente de Mendes Ribeiro é Eliseu Padilha (PMDB-RS), que apoiou José Serra nas últimas eleições. “Se [Padilha] não apoiou [a presidente Dilma Rousseff] naquele momento, vai apoiar agora e integrar a base. Ele já nos disse que vai integrar a base”.
O presidente do PMDB disse ainda que o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) está sendo cotado para assumir a liderança do governo no Congresso Nacional, no lugar de Mendes Ribeiro. Segundo ele, Castro tem o apoio das bancadas do partido na Câmara e no Senado e atenderia ao requisito da presidenta Dilma de que o líder seja um deputado. Apesar disso, Raupp ressalvou que qualquer nome do PMDB a ser escolhido, terá o apoio do partido.