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Ministros de Finanças do G20 se reúnem em Paris

O grupo reúne as principais economias industrializadas e os países emergentes

O ministro francês de Finanças, François Baroin, defendeu  que a estabilidade econômica deve ser atingida com 'um plano global e durável' (Franck Prevel/Getty Images)

O ministro francês de Finanças, François Baroin, defendeu que a estabilidade econômica deve ser atingida com 'um plano global e durável' (Franck Prevel/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 11h40.

Paris - Os ministros de Finanças do G20 e os governadores dos Bancos Centrais começam nesta sexta-feira em Paris uma reunião de dois dias sobre a crise da dívida na zona do euro, com foco na Cúpula do grupo que acontece no início de novembro.

A preparação para a cúpula de chefes de Estado e Governo do G20 é o objetivo deste encontro, de acordo com a Presidência francesa. O G20 reúne as principais economias industrializadas e os países emergentes.

O encontro ministerial precede a visita do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, a Paris. Barroso se reunirá com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para preparar a cúpula do G20 de Cannes e o decisivo Conselho Europeu da próxima semana.

Em declarações à emissora de rádio 'Europe 1' nesta sexta-feira, o ministro francês de Finanças, François Baroin, defendeu que é preciso acabar com a situação atual porque 'é uma loucura' que exista o risco de que um Estado quebre por uma questão de confiança nos mercados.

Ele assinalou que para regular esta situação e para dar estabilidade é preciso 'um plano global e durável', o que inclui o fundo europeu de salvamento, a recapitalização dos bancos, uma solução à dívida grega e a reforma da governança da zona do euro.

Baroin antecipou que no sábado fará uma proposta aos outros ministros do G20 para a adoção de 'um conjunto de princípios comuns' para a defesa do consumidor em relação aos produtos financeiros.

Para Baroin, as ofertas terão que ser mais claras, com uma informação compreensível para o cliente, e terá que ser levada em conta 'a assimetria de informações' entre vendedores e consumidores para evitar abusos e conflitos de interesses.

O ministro disse que será imperativo aplicar as regras da concorrência para que os produtos possam ser comparados com os de outras entidades.

Baroin, que preside a reunião do G20 nesta sexta-feira e no sábado, afirmou que a confiança é a base para estabelecer o crescimento econômico.

O ministro lembrou também que as condições de comercialização dos créditos 'subprime' nos Estados Unidos estiveram na origem da crise financeira atual por serem 'abusivas' e 'inadequadas' para os consumidores.

O secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, afirmou que desde o início da crise foram feitos 'progressos significativos' na proteção dos consumidores na atividade financeira.

Mas 'os bancos continuam no centro do problema', considerou Gurría para justificar os trabalhos do G20. EFE

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