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Ministros de Dilma poderão nomear 7 mil sem concurso

Se todos esses cargos forem ocupados, os salários consumirão cerca de R$ 34 milhões por mês dos cofres públicos

São pouco mais de 7.060 os funcionários que os futuros ministros poderão nomear sem a necessidade de concursos públicos (Arquivo/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

São pouco mais de 7.060 os funcionários que os futuros ministros poderão nomear sem a necessidade de concursos públicos (Arquivo/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2010 às 10h43.

Brasília - Se existisse uma cidade chamada Cargolândia, habitada por ocupantes de cargos de livre nomeação à disposição do governo Dilma Rousseff, ela teria cerca de 7 mil moradores, população superior à de 1.967 municípios brasileiros.

O mapa publicado com os prédios da Esplanada dos Ministérios distorcidos de acordo com o número máximo de funcionários “de confiança” que cada pasta poderá abrigar, é uma tentativa de dimensionar essa Cargolândia - superestimada pela oposição, minimizada pelo governo e desconhecida por quase todos.

Durante a campanha presidencial, o tucano José Serra atacou em diversos momentos o loteamento político da administração federal - em debate com a adversária Dilma, citou o número de 21 mil cargos, “a maior parte voltada a partido, a companheiro”.

Levantamento feito pelo Grupo Estado, porém, revela que são pouco mais de 7.060 os funcionários que os futuros ministros poderão nomear sem a necessidade de concursos públicos. Se todos esses cargos forem ocupados, os salários consumirão cerca de R$ 34 milhões por mês dos cofres públicos.

O número citado por Serra é o total dos chamados DAS, cargos comissionados exercidos por quem tem função de chefia ou direção e pela elite dos assessores de ministros e secretários. Em julho passado, o governo abrigava exatamente 21.623 funcionários com DAS. Mas um decreto assinado em 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva determina que a maioria desses cargos seja preenchida por servidores públicos concursados - em tese, isso reduz a influência política nas nomeações. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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