O chefe de política externa da UE, Josep Borrell (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 21 de setembro de 2022 às 19h00.
Última atualização em 21 de setembro de 2022 às 19h05.
Os principais diplomatas da União Europeia (UE) terão uma reunião de emergência na noite desta quarta-feira para discutir novas sanções contra a Rússia, depois que Moscou convocou reservistas para lutar na Ucrânia, informaram fontes diplomáticas à AFP.
O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse em entrevista coletiva que está "convocando uma reunião informal extraordinária e ad hoc" de ministros das Relações Exteriores do bloco de 27 países em Nova York, paralelamente à Assembleia Geral das Nações Unidas, para coordenar uma resposta unificada às "ameaças inaceitáveis" do presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, será discutido na reunião o discurso desafiador de Putin, no qual ele mobilizou os reservistas e fez uma ameaça velada de usar armas nucleares na guerra na Ucrânia.
A chefe da União Europeia, Ursula von der Leyen, também falou sobre as novas palavras de agressão de Putin e declarou à CNN: "Acho que isso exige sanções da nossa parte novamente".
Na semana passada, Ursula disse que as ondas sucessivas de sanções da UE contra a Rússia vieram para ficar e que os europeus deviam manter sua determinação contra Moscou. Borrell, por sua vez, criticou severamente as declarações de Putin, principalmente as que se referiam a "usar todos os meios" à sua disposição para se proteger.
"Ameaçar com armas nucleares é um perigo real para o mundo inteiro, e a comunidade internacional tem que reagir a essa ameaça." Putin, disse Borrell, "tenta intimidar a Ucrânia e todos os países que a apoiam, mas irá fracassar".
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