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Ministros da UE discutem mudanças em fundo de resgate

Encontro acontece na segunda-feira e analisará o aumento na capacidade de empréstimos

O fundo de estabilidade financeira pode tomar até 440 bilhões de euros emprestados do mercado (Eric Chan/Wikimedia Commons)

O fundo de estabilidade financeira pode tomar até 440 bilhões de euros emprestados do mercado (Eric Chan/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2011 às 16h53.

Bruxelas - Ministros das Finanças das zona do euro vão discutir na segunda-feira um aumento na capacidade efetiva de empréstimos do fundo de resgate do bloco de países. Eles pretendem assim colocar um fim à crise de dívida soberana antes que mais nações precisem de ajuda.

O fundo de estabilidade financeira da Europa pode tomar até 440 bilhões de euros emprestados do mercado com a garantia de governos da União Europeia.

Mas porque ele quer uma classificação de risco "AAA", o valor efetivo que pode emprestar aos países do grupo é de apenas 250 bilhões de euros. Se Espanha e Portugal pedirem ajuda ao fundo, ele já chegaria perto de seu limite.

A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) pediram na semana passada que a capacidade efetiva de empréstimos do fundo fosse aumentada e que suas responsabilidades fossem ampliadas. A Alemanha, maior economia da zona do euro, é peça fundamental para que qualquer mudança seja realizada.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, indicou que estava pronto a aumentar a capacidade efetiva de empréstimos do fundo de estabilidade europeu. "Nós precisamos, e vamos, resolver este problema", disse Schaeuble, segundo o periódico Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

A França também parece disposta a discutir o aumento da capacidade de empréstimo do fundo.

Mas autoridades europeias disseram à Reuters que diminuiu a sensação de urgência em relação ao aumento da capacidade do fundo depois que Espanha e Portugal tiveram sucesso em seus leilões de títulos públicos.

Em vez disso, a Alemanha está tentando passar medidas anticrise mais amplas para serem aprovadas numa reunião de líderes da União Europeia em março.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse no sábado que quaisquer medidas adicionais para estabilizar o euro poderiam apenas ser introduzidas como parte de um pacote estratégico completo que também atacasse a questão da coordenação econômica.

Ela disse que novas medidas para contornar a crise da dívida na zona do euro têm de ser bem pensadas e que "não se pode simplesmente mencionar outro aspecto em particular novo todo dia".

"Se a discussão é sobre um pacote adicional de medidas, é acima de tudo importante que desenvolvamos uma estratégia completa que deve incluir uma coordenação econômica mais próxima", disse Merkel numa coletiva de imprensa em Mainz, após reunião com outros membros de seu partido.

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