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Ministros ameaçam renúncia caso May não estenda Brexit sem acordo

Segundo o jornal Daily Mail, outros 15 membros do governo estariam dispostos a pedir demissão para impedir o cenário de "no deal"

Três ministros britânicos ameaçaram pedir demissão caso May não se comprometa a prorrogar o prazo para o Brexit (Peter Nicholls/Reuters)

Três ministros britânicos ameaçaram pedir demissão caso May não se comprometa a prorrogar o prazo para o Brexit (Peter Nicholls/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 10h59.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 11h01.

Três ministros britânicos ameaçaram pedir demissão caso a primeira-ministra Theresa May não se comprometa a prorrogar o prazo para o Brexit, para afastar a possibilidade de uma saída sem acordo da União Europeia (UE).

Os secretários para Indústria, Richard Harrington, Digital, Margot James, e Energia, Claire Perry, "imploram" à chefe de Governo que se comprometa a prorrogar o artigo 50 do Tratado da UE que define a saída do bloco de um de seu membros, caso não alcance um acordo a tempo no Parlamento, o que evitaria uma saída "dura" da UE.

"Este compromisso seria recebido com alívio por uma grande maioria de deputados, empresas e seus funcionários", escrevem os ministros, favoráveis à permanência na UE, en um artigo publicado no jornal Daily Mail.

Se May não assumir o compromisso esta semana, os três integrantes do governo ameaçam renunciar "para impedir um desastre".

O jornal afirma que outros 15 membros do governo estariam dispostos a pedir demissão para impedir o cenário de "no deal".

"Quando se aproxima o Dia D, pensamos que é nosso dever fazer algo para ajudar a impedir uma catástrofe", explicou Margot James à BBC.

Outros três ministros pediram durante o fim de semana a prorrogação da data do Brexit caso os deputados não consigam um acordo a tempo.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou na segunda-feira que conversou com May sobre o contexto jurídico de uma possível prorrogação da data do Brexit, previsto para 29 de março.

"Penso que, levando em consideração a situação em que estamos, um prazo adicional seria uma solução razoável", declarou Tusk em uma entrevista coletiva em Sharm el-Sheikh (Egito).

"Mas a primeira-ministra May ainda acredita que pode evitar este cenário", completou.

Theresa May, que adiou no domingo para até o dia 12 de março uma votação dos parlamentares britânicos sobre o acordo do Brexit, prevista inicialmente para esta semana, deseja mais tempo para tentar renegociar o texto com Bruxelas antes da data limita para saída, 29 de março.

O Partido Trabalhista, principal partido de oposição, afirmou que está disposto a apoiar uma emenda que proponha a organização de um segundo referendo sobre a saída da UE para evitar o Brexit "destruidor" dos conservadores, o que aumenta a pressão sobre May.

Após uma reunião com seus ministros durante a manhã, Theresa May deve discursar nesta terça-feira na Câmara dos Comuns.

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