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Ministro russo critica "histeria militar" com Coreia do Norte

Ainda assim, Serguei Lavrov, ministro russo das Relações Exteriores, afirmou que o país "condena as aventuras nucleares e de mísseis de Pyongyang"

Serguei Lavrov: "A histeria militar não é apenas um impasse, mas um desastre" (Vasily Maximov/AFP/AFP)

Serguei Lavrov: "A histeria militar não é apenas um impasse, mas um desastre" (Vasily Maximov/AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 19h42.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, alertou nesta quinta-feira ante a Assembleia Geral da ONU que a "histeria militar" em torno da Coreia do Norte poderia levar a um "desastre".

"Condenamos as aventuras nucleares e de mísseis de Pyongyang", disse Lavrov ante a ONU, "mas a histeria militar não é apenas um impasse, mas um desastre".

Na terça-feira, na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente americano, Donald Trump, ameaçou "destruir completamente" a Coreia do Norte em caso das atuais tensões desembocarem em um conflito aberto.

Lavrov apontou nesta quinta que "não há outra alternativa às vias políticas e diplomáticas para resolver esta situação nuclear" na península coreana.

Por isso, o chefe da diplomacia russa fez um chamado à comunidade internacional a apoiar uma proposta de esforço conjunto com a China para estabelecer contatos com Pyongyang.

No entanto, a representante dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, já qualificou essa proposta como "um insulto".

Nesta quinta-feira, o governo americano anunciou a adoção de pesadas sanções a empresas que mantenham laços comerciais com a Coreia do Norte.

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In, assegurou ante a ONU nesta quinta que Seul "não deseja o colapso da Coreia do Norte", e pediu a Pyongyang que abandone o seu programa de armas nucleares.

O Japão, outro ator central na crise, anunciou na ONU que apoiava a decisão americana de manter "todas as opções sobre a mesa" com relação à Coreia do Norte.

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