Mundo

Ministro palestino complica plano dos EUA

EUA expressaram otimismo neste domingo de que a renúncia do primeiro-ministro apoiado pelos EUA não impediria a iniciativa planejada para a Cisjordânia

Ativista segura bandeira palestina perto de uma tenda recém montada no vilarejo de Beit Iksa, na Cisjordânia, entre Ramallah e Jerusalém
 (Mohamad Torokman/Reuters)

Ativista segura bandeira palestina perto de uma tenda recém montada no vilarejo de Beit Iksa, na Cisjordânia, entre Ramallah e Jerusalém (Mohamad Torokman/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2013 às 14h28.

 Ramallah - Autoridades palestinas e dos Estados Unidos expressaram otimismo neste domingo de que a renúncia do primeiro-ministro apoiado pelos EUA, Salam Fayyad, não impediria a iniciativa planejada de desenvolvimento de Washington para a Cisjordânia.

Fayyad renunciou no sábado depois de meses de tensão com o presidente Mahmoud Abbas, deixando a Autoridade Palestina, que exerce limitada autonomia na Cisjordânia ocupada por Israel, em uma situação confusa, à medida que os Estados Unidos tentam reavivar as negociações de paz com o Estado judeu.

Sua saída aconteceu menos de uma semana depois da visita do Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que prometeu um plano para remover "gargalos e barreiras" para o desenvolvimento econômico na Cisjordânia.

Kerry disse a repórteres em Tóquio neste domingo que os Estados Unidos prosseguiriam a sua iniciativa e que há "mais de uma pessoa com a qual (os Estados Unidos) podem fazer negócios".

Educado nos EUA, Fayyad, um ex-funcionário do Banco Mundial, foi nomeado em 2007 e atraiu elogios ocidentais por seus esforços para desenvolver instituições dignas de um futuro Estado palestino. Mas sua popularidade caiu em meio a 25 por cento de desemprego e a inflação.

Autoridades palestinas disseram que Fayyad, pessoa de confiança no Ocidente como um canal não-corrupto para fundos de ajuda, não iria lidar com o plano de desenvolvimento dos EUA como primeiro-ministro interino.

Hanan Ashrawi, um alto funcionário da Organização para a Libertação da Palestina, disse que a renúncia de Fayyad foi uma questão política interna e não deve ter influência sobre os esforços ocidentais para estimular a economia.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Oriente MédioPaíses ricosPalestina

Mais de Mundo

Imigração dos EUA se desculpa após deter cidadãos americanos que falavam espanhol

EUA congelam financiamento federal para ONGs que atendem migrantes

Trump confirma contatos com Moscou para repatriar vítimas russas de acidente aéreo

Após acidente, Trump ordena revisão de protocolo aéreo e mudanças de contratação feitas com Biden