Mundo

Ministro israelense é suspenso por Netanyahu após sugerir detonação de bomba nuclear em Gaza

Declaração repercutiu nos países vizinhos e Arábia Sauditacondenou a fala do ministro israelense

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (Jacquelyn Martin/Getty Images)

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (Jacquelyn Martin/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 5 de novembro de 2023 às 11h42.

Última atualização em 5 de novembro de 2023 às 11h42.

O ministro israelense Amichai Eliyahu foi suspenso, neste sábado, de reuniões do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após sugerir que detonar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza era uma opção para o governo. O titular da pasta de Assuntos e Patrimônio de Jerusalém fez a afirmação em um programa de rádio.

A declaração repercutiu nos países árabes. A Arábia Saudita, por exemplo, condenou a fala do ministro israelense, e afirmou que ela demonstra a penetração do "extremismo e da brutalidade" no governo de Netanyahu.

Eliyahu foi questionado se o uso do armamento nuclear era uma possibilidade, e respondeu que o uso de uma bomba do gênero era "um caminho". Antes, ele havia afirmado que oferecer ajuda humanitária aos habitantes de Gaza era um "erro" e que não existiam "não-combatentes" no território palestino.

Pelas redes sociais, o governo israelense afirmou que as declarações do ministro "não são baseadas na realidade". "Israel e as FDI operam de acordo com os mais elevados padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes", diz ainda a nota publicada no X, antigo Twitter. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que as declarações de Eliyahu eram "infundadas".

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, pediu a demissão do ministro. "A presença de radicais no governo põe em perigo a nós e aos objetivos da guerra: derrotar o Hamas e resgatar todos os reféns", escreveu no X.

Eliyahu voltou a se manifestar sobre a questão pelas redes sociais: "É claro para todas as pessoas sensatas que a afirmação sobre a bomba é metafórica. No entanto, é definitivamente necessária uma resposta forte e desproporcional ao terrorismo, que irá deixar claro aos nazistas e aos seus apoiadores que o terrorismo não vale a pena".

Acompanhe tudo sobre:Benjamin NetanyahuConflito árabe-israelenseIsrael

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia