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Ministro diz que Facebook sabota polícia israelense

Anteriormente, Israel havia dito que o Facebook era usado para incentivar os ataques


	Facebook: rede social é alvo de novas críticas de Israel
 (Brendan McDermid/Reuters)

Facebook: rede social é alvo de novas críticas de Israel (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2016 às 19h04.

Jerusalém — O ministro de Segurança Interna de Israel acusou neste sábado o Facebook e seu fundador, Mark Zuckerberg, de não fazerem o suficiente para evitar o incitamento contra Israel. Ele disse ainda que a rede social estaria "sabotando" o trabalho da polícia israelense.

Anteriormente, Israel havia dito que o Facebook era usado para incentivar os ataques e que o governo estava elaborando uma legislação para obrigar o Facebook, YouTube, Twitter e outras mídias sociais a excluírem posts incitando o terrorismo.

Mas os comentários feitos por Gilad Erdan, da coalizão de direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que supervisiona a aplicação da lei, foram particularmente mordazes.

Ele disse que Zuckerberg é o responsável pela política do Facebook e pediu aos "cidadãos de Israel que o inundassem em todos os lugares possíveis com a demanda de monitorar a plataforma que ele criou e com a qual ganha bilhões".

Um porta-voz do Facebook em Israel disse que a companhia não iria comentar as declarações do ministro.

"Hoje, o Facebook sabota, isso deve ser conhecido, sabota o trabalho da polícia israelense, porque quando a polícia israelense se aproxima deles, e é a respeito de um residente da Judeia e Samaria, o Facebook não coopera", disse ele, referindo-se a área da Cisjordânia.

"Ele também impõe uma barreira muito elevada para a remoção de conteúdo e mensagens", disse Erdan, durante uma entrevista ao Canal 2.

Desde outubro, os palestinos mataram 34 israelenses e dois turistas norte-americanos em uma onda de ataques de rua, a maioria com facadas. Forças israelenses mataram pelo menos 201 palestinos com tiros, 137 dos quais Israel diz serem assaltantes. Outros foram mortos em confrontos e protestos.

Líderes palestinos dizem que os assaltantes agiram como forma de desespero em decorrência ao colapso das negociações de paz em 2014 e à expansão de assentamentos israelenses em território ocupados pelos palestinos que buscam um Estado independente. A maioria dos países vê os assentamentos como ilegais. Israel contesta.

Israel diz que a incitação nos meios de comunicação palestinos e problemas internos têm sido fatores importantes no estimulo aos agressores, muitas vezes adolescentes, para atacar.

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