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Ministro israelense ataca Kerry por ameaçar boicotes

Ministro de Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, disse que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, está com a arma apontada para a cabeça de Israel


	O secretário de Estado dos EUA, John Kerry: "As coisas... que Kerry disse machucam, são injustas e intoleráveis", disse Steinitz.
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry: "As coisas... que Kerry disse machucam, são injustas e intoleráveis", disse Steinitz. (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2014 às 11h12.

JERUSALÉM - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, está com a arma apontada para a cabeça de Israel nas negociações de paz com a Palestina, depois de alertar que o país pode enfrentar isolamento internacional se as tratativas falharem, disse um ministro sênior de Israel neste domingo.

Os comentários do ministro de Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, que é próximo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, se seguiram a acusações recentes do ministro da Defesa de Israel de que Kerry estava sendo "messiânico" na sua tentativa de buscar um acordo de paz.

Em uma conferência de segurança em Munique no sábado, Kerry cutucou Israel ao apontar uma "crescente campanha de deslegitimação" contra o país, que estaria crescendo internacionalmente, e "conversas sobre boicotes" se o conflito Israel-Palestina não terminar.

"Nós vamos ficar melhor com tudo isso?", perguntou Kerry, que está buscando um primeiro acordo para servir como base para um acordo final de paz e de um estado palestino.

Steinitz disse que os comentários do norte-americano são uma ameaça contra Israel, que vai apenas encorajar os palestinos a fortalecerem suas posições nas negociações que já duram seis meses e mostraram pouco sinal de progresso.

"As coisas... que Kerry disse machucam, são injustas e intoleráveis", disse Steinitz.

"Israel não pode negociar com uma arma apontada para a cabeça quando estamos discutindo os assuntos mais críticos para os nossos interesses", acrescentou.

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