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Ministro iraquiano renuncia por ataque em praça de Al Hueiya

Mohammed Tamim, da Educação, apresentou sua renúncia em protesto pelo ataque de forças de segurança em uma praça em Kirkuk

Homem é levado para o hospital após confronto entre as forças iraquianas e manifestantes sunitas, no norte do Iraque (Ako Rasheed/Reuters)

Homem é levado para o hospital após confronto entre as forças iraquianas e manifestantes sunitas, no norte do Iraque (Ako Rasheed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 11h39.

Bagdá - O ministro de Educação do Iraque, Mohammed Tamim, apresentou nesta terça-feira sua renúncia em protesto pelo ataque de forças de segurança em uma praça em Al Hueiya, na província de Kirkuk, que há meses é cenário de manifestações contra o governo.

Tamim anunciou sua demissão durante uma reunião com o bloco opositor Al Iraqiya, ao qual pertence. Pelo menos 26 pessoas e 70 ficaram feridas hoje durante a operação conjunta da polícia e do Exército.

Segundo o Ministério iraquiano de Defesa, a intervenção ocorreu devido à presença de "homens armados e extremistas" na praça da cidade e para buscar os responsáveis por um ataque recente na região, apesar dos manifestantes terem negado qualquer relação com esse episódio.

O ministério garantiu que deu um ultimato aos manifestantes que protestavam pacificamente na praça para que saíssem do local.

Al Hueiya, a cerca de 200 quilômetros ao norte de Bagdá, é palco de protestos semelhantes aos que ocorrem desde dezembro em várias partes do país.

Nestes locais, manifestantes sunitas se queixam da discriminação que dizem sofrer por parte do governo central de Bagdá, liderado pelo xiita Nouri al-Maliki.

Os sunitas também pedem a libertação dos presos sem acusações, a suspensão de sentenças de pena de morte, a anulação da lei antiterrorismo e a proibição do uso de slogans religiosos.

A aliança Al Iraqiya, integrada por xiitas e sunitas, apoia estas manifestações e em fevereiro decidiu boicotar as reuniões do Executivo de união nacional, onde passou a ocupar apenas dois ministérios ao invés de oito em sinal de solidariedade.

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