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Ministro iraniano diz que os EUA só entendem "a linguagem da força"

O ministro da Defesa do Irã se pronunciou depois que o presidente americano afirmou que o Irã sofrerá consequências históricas caso volte a ameaçar os EUA

Os inimigos acreditam que podem privar o povo do Irã de seus recursos, mas resistiremos diante de suas intimidações, disse Hatami (Carlo Allegri/Reuters)

Os inimigos acreditam que podem privar o povo do Irã de seus recursos, mas resistiremos diante de suas intimidações, disse Hatami (Carlo Allegri/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de julho de 2018 às 11h06.

Teerã - O ministro da Defesa do Irã, Amir Hatami, garantiu nesta segunda-feira que os dirigentes dos Estados Unidos e seus aliados regionais "só entendem a linguagem da força" e que, por isso, "não há outro caminho além de uma ameaça decisiva".

Hatami respondeu assim ao presidente americano, Donald Trump, que ontem advertiu ao Irã que não volte a ameaçar os EUA se não quiser "sofrer consequências" históricas.

"Os inimigos acreditam que podem privar o povo do Irã de seus recursos, mas resistiremos com toda nossa capacidade diante de suas intimidações", ressaltou o ministro da Defesa, citado pela agência oficial "Irna".

Durante o ato de inauguração da linha de produção do míssil ar-ar de médio alcance "Fakur", Hatami assinalou que "o povo iraniano demonstrou que responde de forma decisiva diante dos ambiciosos".

"Não nos daremos por vencidos, mas defenderemos os interesses vitais da República Islâmica e o bem-estar do povo do Irã com toda a nossa capacidade", advertiu o general.

A troca de acusações e ameaças entre Irã e EUA começou ontem com o presidente iraniano, Hassan Rohani, que recomendou a Washington "que não brincasse com fogo", pois um conflito com Teerã seria "a mãe de todas as guerras".

Horas depois, Trump escreveu no Twitter: "NUNCA MAIS VOLTE A AMEAÇAR OS ESTADOS UNIDOS OU SOFRERÁ CONSEQUÊNCIAS QUE POUCOS SOFRERAM NA HISTÓRIA ANTES. NÃO SOMOS UM PAÍS QUE AGUENTARÁ SUAS PALAVRAS DOENTIAS DE VIOLÊNCIA E MORTE".

Trump retirou em maio os EUA do acordo nuclear de 2015 com o G5+1 - que também é formado por França, Reino Unido, China e Rússia, mais a Alemanha - com o Irã e voltou a impor sanções a Teerã, que entrarão em vigor em agosto e ameaçam afundar a já prejudicada economia iraniana.

O presidente americano criticou o acordo e exigiu outro, mais agressivo, que limite o programa de mísseis balísticos iraniano e sua influência na região do Oriente Médio.

 

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