Mundo

Ministro da Índia não vê câmbio como prioridade do G-20

Visão de Pranab Mukherjee é contrária à do ministro das Finanças Guido Mantega

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

São Paulo - O ministro de Finanças da Índia, Pranab Mukherjee, afirmou que o assunto calorosamente debatido nos últimos dias sobre desequilíbrios cambiais nos mercados globais não deveria estar no topo da agenda da reunião do G-20 marcada para meados de novembro. Quando perguntado se a questão deveria ser prioridade, como tem sido sugerido pelas autoridades do Brasil, Mukherjee respondeu que não.

"Há questões que precisam ser discutidas e em um tempo curto não é possível resolver esse assunto", afirmou o ministro no domingo em Washington, após as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. "Isso tem suas próprias implicações e as preocupações de vários países serão levadas em conta", disse Mukherjee, acrescentando que "ainda não há indicação de que durante a reunião de ministros de finanças do G-20 isso será a mais alta prioridade".

Os comentários do ministro indiano ilustram uma divisão entre algumas das maiores economias em desenvolvimento. Enquanto o ministro de Finanças do Brasil, Guido Mantega, tem defendido que as autoridades tratem dos desequilíbrios globais imediatamente, Mukherjee minimizou a urgência de ação. A Índia, diferentemente de outros países emergentes, não é tão dependente de exportações o que permite mais liberdade de ação em termos de câmbio.

O ministro indiano, no entanto, expressou sua intenção de alcançar um consenso sobre a questão cambial - mas quando, onde e como isso vai ser feito ainda permanece obscuro. Parte do problema é que não existe uma fórmula nítida "porque nossa moeda ainda não é completamente conversível", observou Mukherjee. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaCâmbioDados de BrasilÍndia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado