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Ministro de Berlusconi reconhece que governo italiano pode cair

O motivo seria a falta de acordo sobre a reforma da previdência que Silvio Berlusconi pretende levar à cúpula europeia de quarta-feira

O Conselho de Ministros italiano se reuniu ontem, mas não aprovou novas medidas econômicas sobre a discordância da Liga Norte em relação à idade de aposentadoria (Alberto Pizzoli/AFP)

O Conselho de Ministros italiano se reuniu ontem, mas não aprovou novas medidas econômicas sobre a discordância da Liga Norte em relação à idade de aposentadoria (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 11h55.

Roma - O ministro de Infraestrutura e Transporte italiano, Altero Matteoli, reconheceu nesta terça-feira que o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi pode cair nas próximas horas devido à falta de acordo sobre a reforma da previdência que o primeiro-ministro pretende levar à cúpula europeia de quarta-feira.

O Conselho de Ministros italiano se reuniu na segunda-feira de forma extraordinária, mas não aprovou novas medidas econômicas sobre a discordância da Liga Norte em relação ao atraso da idade de aposentadoria de 65 para 67 anos.

'Esta hipótese existe (que o Governo possa cair), mas ainda há margens para negociação', respondeu o ministro durante um ato em Roma a perguntas dos jornalistas.

Matteoli, que pertence ao partido de Berlusconi, o Povo da Liberdade (PDL), lembrou que no semestre passado foram aprovados dois planos de austeridade no valor de 79 bilhões e 54 bilhões de euros e que continuar fazendo cortes 'não é uma tarefa fácil'.

O próprio ministro destacou que não está previsto nenhum outro Conselho de Ministro para esta terça-feira e que se houver um acordo, Berlusconi participará da quarta da cúpula para explicar as medidas, mesmo sem a aprovação efetiva.

Além de estender a idade para aposentadoria, o Executivo italiano estuda a venda de parte do patrimônio imobiliário do Estado.

Sobre a mesa do Governo também está uma minuta do chamado 'decreto para o desenvolvimento' anunciado por Berlusconi há um mês para promover o crescimento econômico do país, e que seria aprovado em uma semana, conforme prometeu o primeiro-ministro italiano.

A imprensa italiana o conteúdo da minuta na segunda-feira, que contém 12 medidas fiscais que poderiam garantir ao Estado 10 bilhões de euros anuais, segundo o jornal 'Corriere della Sera'.

O decreto inclui ainda uma reforma das heranças, deduções fiscais para os empresários que contratem trabalhadores menores de 35 anos e jovens estagiários, além da prorrogação até 2014 das deduções pelas reformas dos prédios para conseguir maior eficiência energética.

Nesta terça-feira, Berlusconi convocou uma nova reunião em sua residência de Roma com representantes de seu partido e da Liga Norte para tentar chegar a um acordo sobre a reforma da previdência, o que também conta com a oposição dos sindicatos. EFE

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