Mundo

Mario Monti diz que renuncia após aprovar orçamento

Decisão do primeiro-ministro italiano poderia antecipar eleições


	Mario Monti: anúncio aumenta especulações de que o primeiro-ministro da Itália vai voltar a concorrer ao cargo
 (Getty Images)

Mario Monti: anúncio aumenta especulações de que o primeiro-ministro da Itália vai voltar a concorrer ao cargo (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2012 às 10h24.

Roma - O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, anunciou neste sábado que vai renunciar assim que o orçamento de 2013 for aprovado, potencialmente antecipando uma eleição prevista para o começo do próximo ano e alimentando especulações de que ele concorrerá ao cargo.

O anúncio surpresa ocorreu dois dias depois de o partido do ex-premiê Silvio Berlusconi ter retirado o apoio parlamentar ao governo tecnocrata, e horas depois de o próprio Berlusconi ter dito que concorrerá para tentar a quinta eleição como primeiro-ministro, em uma campanha baseada em ataques às políticas de Monti na economia.

O Parlamento já está preparado para aprovar o orçamento antes do Natal, e a renúncia de Monti provavelmente trará o pleito para não além de fevereiro. As eleições devem ocorrer menos de 70 dias depois de o presidente Giorgio Napolitano dissolver o Parlamento.

A medida de Monti é um problema para Berlusconi, que parecia novamente ter aproveitado uma oportunidade para manter seu partido no jogo político, menos de um ano depois de ser obrigado a renunciar em meio a um escândalo sexual e à crise da dívida.

Agora, Berlusconi pode ser forçado a disputar a eleição antes do que esperava, com seu partido muito dividido e atrás nas pesquisas, perdendo para a centro-esquerda e o Movimento Cinco Estrelas, do cômico Beppe Grillo.

O anúncio de Monti também aumentará a especulação de que ele possa se candidatar na eleição, embora ainda não tenha feito nenhum anúncio a respeito.

Os italianos votarão em meio a uma grave crise econômica, com uma recessão que começou em meados do ano passado e não mostra sinais de melhora, além de uma grande dívida pública e o desemprego a 11,1 por cento, recorde histórico.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEuropaItáliaPiigsPolítica fiscal

Mais de Mundo

A Terra está rachando? 'Ultrassom' revela placa oceânica com rasgos de 5km de profundidade

Trump afirma que não está considerando ataques na Venezuela

Talibã pede para participar da COP30 em meio às secas no Afeganistão

Haddad lidera agenda estratégica para financiamento antes da COP30