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Ministro da Economia da Ucrânia renuncia

O ministro ucraniano da Economia anunciou sua renúncia, e meio ao conflito no país e grave crise econômica


	Premiê da Ucrânia, Arseni Yatseniuk: ministro estava em desacordo com o premiê
 (Andrew Kravchenko/AFP)

Premiê da Ucrânia, Arseni Yatseniuk: ministro estava em desacordo com o premiê (Andrew Kravchenko/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 12h35.

Kiev - O ministro ucraniano da Economia, Pavlo Shemereta, em desacordo com o primeiro-ministro, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia, coincidindo com o conflito bélico no leste do país e a grave crise econômica.

"Em vez de lutar contra o sistema de ontem, decidi trabalhar com as pessoas que criarão um sistema para o amanhã", escreveu em sua página do Facebook.

Sheremeta explicou à imprensa que a linha vermelha foi ultrapassada na quarta-feira quando o governo nomeou como representante comercial Valeri Piatnitski, apesar da oposição do ministro da Economia, de quem depende.

O Parlamento ainda deve aprovar sua renúncia.

Economista formado nos Estados Unidos, Pavlo Sheremeta, de 43 anos, e seu ministério foram alvos de críticas nesta semana do primeiro-ministro, Arseni Yatseniuk, pela lentidão das reformas.

Em recessão quase ininterrupta há mais de dois anos, o Produto Interno Bruto da Ucrânia pode se contrair 6,5% neste ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), que salvou a economia da asfixia ao conceder em abril 17 bilhões de dólares em Kiev no âmbito de um plano internacional de 27 bilhões.

Pavlo Sheremeta, fundador da Escola de Negócios da prestigiada universidade Kiev-Moguila, participou ativamente do protesto pró-europeu que colocou fim ao regime pró-russo de Viktor Yanukovich após um banho de sangue no centro de Kiev.

Trata-se da segunda renúncia nesta semana, após a da jornalista e militante Tetyana Chornovol, encarregada da luta contra a corrupção no seio do governo que denunciou a falta de boa vontade da autoridade nesta luta.

Yatseniuk também apresentou sua renúncia no fim de julho após a rejeição do Parlamento em votar leis impopulares, mas ela não foi aprovada pelo Parlamento.

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