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Ministro da Defesa israelense "sugere" ao Hezbollah que não entre em guerra com o Irã

"Sugiro ao representante libanês que seja cauteloso e compreenda que Israel perdeu a paciência com os terroristas que o ameaçam", disse Katz em um comunicado divulgado pelo seu gabinete

Um morador de Zibqin caminha sobre os escombros de um prédio destruído pela guerra entre Israel e o grupo islamista xiita Hezbollah (AFP/AFP Photo)

Um morador de Zibqin caminha sobre os escombros de um prédio destruído pela guerra entre Israel e o grupo islamista xiita Hezbollah (AFP/AFP Photo)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 20 de junho de 2025 às 10h52.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou nesta sexta-feira, 20, o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qasem, contra a intervenção na guerra em curso entre Israel e o Irã, após este último afirmar que o grupo xiita libanês "agirá como achar melhor diante da brutal agressão americana-israelense".

"Sugiro ao representante libanês que seja cauteloso e compreenda que Israel perdeu a paciência com os terroristas que o ameaçam", disse Katz em um comunicado divulgado pelo seu gabinete.

Katz afirmou que Qasem "não está aprendendo as lições de seus antecessores e está ameaçando agir contra Israel sob as instruções do ditador iraniano".

Israel matou o antecessor de Qasem, Hassan Nasrallah, em um bombardeio no último dia 27 de setembro - o grupo reconheceu sua morte um dia depois.

Na ocasião, o Exército israelense havia intensificado sua campanha de bombardeios no Líbano, especialmente contra Beirute, poucos dias antes.

"Se houver terrorismo, não haverá Hezbollah", declarou Katz no comunicado.

Em comunicado, o líder do grupo xiita, um aliado fundamental de Teerã, condenou a agressão israelense e afirmou que o Irã "representa uma destacada referência mundial no apoio aos oprimidos, na resistência e no apoio integral à libertação da Palestina e de Jerusalém".

"Os tiranos arrogantes, liderados pelos Estados Unidos, não puderam tolerar esse modelo humanitário pioneiro para os povos livres do mundo, nem a firmeza do Irã de (líder supremo Ali) Khamenei", declarou Qasem.

O Exército israelense ocupa cinco posições em território libanês ao longo da fronteira, onde afirma estar monitorando o cumprimento, por parte do Líbano, do acordo de cessar-fogo pactuado após a guerra com o Hezbollah, que entrou em vigor em 27 de novembro.

Israel começou a bombardear o Irã no dia 13 de junho, justificando-se pelo temor de que Teerã possa adquirir uma bomba atômica, uma possibilidade rechaçada pelas autoridades do regime dos aiatolás.

O Exército israelense atacou infraestruturas militares (sistemas de defesa aérea, depósitos de mísseis balísticos, etc.) e usinas nucleares (Natanz, Isfahan e Fordow), mas também oficiais de alta patente da Guarda Revolucionária iraniana e cientistas nucleares.

As autoridades iranianas não atualizaram o número oficial de mortos desde o último domingo, que permanece em 224, uma cifra que, segundo relatos locais de vítimas, já é muito superior e que a organização iraniana antirregime HRANA, sediada nos Estados Unidos, estima em 639.

O Irã, por sua vez, atacou várias instalações militares e também atingiu alvos civis, como o Hospital Soroka, em Israel. As autoridades israelenses também mantiveram em 24 o número de mortos em seu território nos últimos dias.

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