Ghulam Ahmed Bilur: "o assassinato não é algo bom, mas hoje é a única solução, porque os países ocidentais não fizeram nada" (Aamir Qureshi/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2012 às 14h47.
Islamabad - O ministro paquistanês que ofereceu uma recompensa para quem matasse o diretor do filme islamofóbico "A inocência dos muçulmanos" confirmou nesta terça-feira seu apelo ao assassinato, apesar dos protestos ocidentais, e disse que esta é a "única solução" para acabar com os "insultos".
"Manifestei a minha opinião e minha fé. Confirmo minha declaração, porque é a única solução", declarou Ghulam Ahmed Bilur, ministro paquistanês das Ferrovias, em uma entrevista concedida à AFP em Islamabad.
"Minha fé não é violenta", disse, "mas não posso perdoar ou tolerar estes insultos".
"O assassinato não é algo bom, mas hoje é a única solução, porque os países ocidentais não fizeram nada" contra o diretor, um cristão egípcio que vive nos Estados Unidos.
No domingo, o governo e o partido de Bilur, o Partido Nacional Awami (ANP), membro da coalizão no poder, rejeitou sua declaração.
Os Estados Unidos denunciaram declarações "provocadoras" e a União Europeia "lamentou" a convocação do ministro paquistanês.