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Políticos chinês e japonês se reúnem para debater disputa

Essa é a primeira visita de um membro de uma formação de ponta japonesa a Pequim desde que o governo japonês anunciou a aquisição das ilhas Diaoyu/Senkaku


	O chanceler chinês, Yang Jiechi: Yang afirmou que a visita ocorre em um "momento importante" para as relações sino-japonesas
 (Joerg Carstensen/AFP)

O chanceler chinês, Yang Jiechi: Yang afirmou que a visita ocorre em um "momento importante" para as relações sino-japonesas (Joerg Carstensen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 11h58.

Pequim - O ministro de Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, se reuniu nesta quinta-feira em Pequim com Natsuo Yamaguchi, líder do partido New Komeito, do Japão, a fim de buscar saídas para a disputa entre os dois países pelo controle das ilhas Diaoyu/Senkaku.

Yang afirmou que a visita ocorre em um "momento importante" para as relações sino-japonesas, e manifestou seu desejo de que o encontro contribua para "impulsionar os laços" entre ambas nações, informou a agência oficial chinesa "Xinhua".

A visita de Yamaguchi, que lidera um partido aliado do Liberal-Democrata (PLD), que lidera o governo japonês, é a primeira de um membro de uma formação de ponta japonesa a Pequim desde que o governo japonês anunciou a aquisição, em setembro, das ilhas em disputa.

Yamaguchi, por sua vez, afirmou hoje, segundo a "Xinhua", que sua intenção é "entregar" uma carta do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, dirigida ao secretário-geral do Partido Comunista chinês (PCCh) e futuro presidente do país, Xi Jinping.

Perguntado hoje se Yamaguchi e Xi se reunirão amanhã, como foi publicado em alguns veículos de imprensa locais, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, disse não ter "informação a respeito" e desconhecer se a entrega da carta tinha ocorrido, assim como o conteúdo da mesma.

O político japonês chegou a Pequim na terça-feira, e espera-se que fique até amanhã para amenizar as piores tensões nos últimos anos entre China e Japão, que geraram várias manifestações antinipônicas em território chinês nos últimos meses.

Apesar não ser membro do governo japonês, Yamaguchi pode possibilitar, segundo a imprensa chinesa, uma troca de pontos de vista mais franco para posteriores conversas oficiais entre os dois países.

No entanto, o regime comunista manteve sua firmeza habitual a respeito de sua soberania das ilhas e continua culpando Tóquio por gerar a tensão ao adquirir três ilhas do arquipélago, segundo reiterou Hong nesta semana em sua entrevista coletiva diária.

Situadas a 150 quilômetros a nordeste de Taiwan e a 200 a oeste do arquipélago japonês de Okinawa, as ilhas Diaoyu/Senkaku, cujas águas podem contar com grandes recursos marítimos e energéticos, foram motivo de disputa entre China, Japão e Taiwan durante décadas.

Hoje, um pesqueiro com ativistas taiuaneses que se dirigia às conflituosas ilhas voltou atrás depois que o serviço japonês de guarda-costeira o interceptou antes de entrar na zona em disputa, informou a agência local "Kyodo".

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