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Ministro alemão diz que é preciso negociar com Assad

"Devemos falar com esse regime para resolver o conflito", disse o ministro Sigmar Gabriel, uma coletiva de imprensa conjunta com o chanceler russo

Sigmar Gabriel: já o chanceler russo, advertiu os EUA contra novos ataques na Síria (Thomas Peter/Reuters)

Sigmar Gabriel: já o chanceler russo, advertiu os EUA contra novos ataques na Síria (Thomas Peter/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de junho de 2017 às 15h58.

Moscou - O ministro de Assuntos Exteriores alemão, Sigmar Gabriel, afirmou nesta quarta-feira na Rússia que para resolver o conflito armado sírio "é preciso negociar com o regime" de Bashar Al-Assad, em uma coletiva de imprensa conjunta com seu colega russo, Sergey Lavrov.

"Devemos falar com esse regime para resolver o conflito. Também sabemos que o futuro de Assad e do seu Governo só pode ser resolvido no transcurso de tais negociações", disse Gabriel na cidade de Krasnodar, no sul da Rússia.

Por outro lado, Lavrov advertiu aos Estados Unidos que a Rússia responderá "com dignidade e proporcionalidade" se Washington decidir atacar de novo as forças governamentais sírias com o pretexto de que Damasco prepara um novo ataque com armas químicas.

"Reagiremos de forma digna, de forma proporcional à situação que ocorrer", disse o chefe da Chancelaria russa.

Lavrov respondeu assim à ameaça da Casa Branca, que após denunciar que Damasco estaria preparando um novo ataque com armas químicas, advertiu que, se isso ocorrer, Assad e as suas Forças Armadas "pagarão um alto preço".

"Acredito que desta vez os EUA não estão especulando com supostos dados de inteligência -'segredos e que não podem ser mostrados a ninguém'- a fim de criar pretextos para novos ataques contra as forças governamentais sírias, que lutam contra os terroristas", sublinhou Lavrov.

O chefe da diplomacia russa admitiu que atendeu uma chamada de seu colega americano, Rex Tillerson, que o informou sobre outro "ataque químico que a Síria preparada contra os opositores".

Lavrov explicou que lembrou ao secretário de Estado que "até o dia de hoje não foram investigadas as denúncias sobre o uso de projéteis químicos pela aviação síria durante o bombardeio de 4 de abril".

O presidente americano, Donald Trump, ordenou em 7 de abril um ataque com mísseis Tomahawk contra uma base aérea síria, da qual segundo a Casa Branca saíram os aviões que realizaram o ataque químico.

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