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Ministra japonesa vai a santuário de guerra e desagrada o governo

Imagens de televisão mostraram o ministro sorridente ao chegar ao Santuário Yasukuni, em Tóquio, dedicado aos mortos de guerra do país

Tomomi Inada em santuário no Japão: Ministério da Defesa sul-coreano classificou a visita como "deplorável" (Reuters)

Tomomi Inada em santuário no Japão: Ministério da Defesa sul-coreano classificou a visita como "deplorável" (Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 09h12.

Tóquio - A ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada, visitou nesta quinta-feira um santuário polêmico dedicado aos mortos de guerra do país, dias depois de acompanhar o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em uma visita histórica a Pearl Harbor, onde um ataque do Japão levou os Estados Unidos a entrarem na Segunda Guerra Mundial.

Imagens de televisão mostraram a ministra sorridente ao chegar ao Santuário Yasukuni, em Tóquio, que homenageia os japoneses que perderam a vida nas guerras da nação, inclusive vários líderes executados por crimes de guerra.

Visitas de autoridades japonesas proeminentes ao local irritam os vizinhos China e Coreia do Sul, que consideram Yasukuni um símbolo do militarismo japonês e um lembrete de suas atrocidades nas batalhas.

Pequim e Seul voltaram a expressar sua desaprovação nesta quinta-feira, e a China disse ainda que irá fazer "representações solenes" ao Japão.

"Isso não somente reflete a visão obstinadamente equivocada que alguns japoneses têm da história, mas também compõe uma grande ironia com a viagem de reconciliação a Pearl Harbor", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exterior chinês.

O Ministério da Defesa sul-coreano classificou a visita como "deplorável".

"Expressamos profunda preocupação e pesar por a ministra da Defesa do Japão ter visitado o Santuário Yasukuni no momento em que nosso governo vem enfatizando a necessidade de criar uma relação Coreia do Sul-Japão que seja nova e olhe para a frente", disse o ministério em comunicado.

Os laços chineses com o Japão estão tensionados há tempos devido ao que Pequim vê como uma relutância dos líderes japoneses para reconhecer erros do passado do país. China e Coreia do Sul sofreram com a ocupação às vezes brutal e o governo colonial do Japão antes da derrota de Tóquio em 1945.

Na terça-feira, Inada acompanhou Abe e o presidente norte-americano, Barack Obama, durante a primeira visita de um líder japonês e um presidente dos EUA a Pearl Harbor para lembrar as vítimas do ataque japonês de 75 anos atrás.

A visita se seguiu à que Obama fez em maio a Hiroshima, a primeira de um presidente no exercício do cargo ao local onde os EUA lançaram a primeira bomba atômica da história nos dias derradeiros da Segunda Guerra.

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