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Ministra francesa critica políticos "machistas"

Ségolène Royal criticou seus colegas do sexo masculino nesta quarta-feira, chamando-os de "machões convencidos"

Royal: "Se eles pensam que podem me calar, estão enganados. Sim, eu falo o que penso. Este é o meu direito e vou defendê-lo aconteça o que acontecer" (Philippe Wojazer/Reuters)

Royal: "Se eles pensam que podem me calar, estão enganados. Sim, eu falo o que penso. Este é o meu direito e vou defendê-lo aconteça o que acontecer" (Philippe Wojazer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 12h37.

Paris - A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, criticou seus colegas do sexo masculino nesta quarta-feira, chamando-os de "machões convencidos", que a tratam com desprezo.

Irritada com o ressurgimento no Parlamento de uma proposta de imposto ambiental que ela quer enterrar, Royal, que fez um retorno político quando foi nomeada ministra em março, acusou seus colegas homens de arrogância em uma entrevista a uma revista.

"Se eles pensam que podem me calar, estão enganados. Sim, eu falo o que penso. Este é o meu direito e vou defendê-lo aconteça o que acontecer", disse Royal, ex-mulher do presidente François Hollande e mãe de seus quatro filhos em entrevista à Paris Match.

Royal denunciou a classe política que, segundo ela, "é principalmente composta de machões convencidos". Ela já tinha sido ministra do Meio Ambiente há 22 anos e candidata derrotada à presidência da França em 2007, pelo Partido Socialista.

Na entrevista ela criticou o ministro das Finanças, Michel Sapin, por se aliar a uma comissão parlamentar que propôs manter os planos para o controverso imposto verde para caminhões - ao qual ela se opõe.

Royal disse que Sapin havia escondido sua relação próxima com o presidente da referida comissão. "Eu tive que descobrir isso por acaso", disse ela. A ministra declarou aos repórteres que o governo vai tomar uma decisão sobre o imposto no próximo mês.

O governo francês suspendeu anteriormente o planejado imposto ambiental sobre os caminhões em outubro, depois de violentos protestos na região da Bretanha, oeste do país, contra a taxação que afetará veículos de transporte de mercadorias e que iria resultar em uma arrecadação de cerca de 1 bilhão de euros por ano para ajudar a financiar na maioria projetos ferroviários.

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