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Ministra alemã defende adesão de países bálcãs à UE, em meio à guerra na Ucrânia

Países da região encontram-se em diferentes fases no processo de adesão, após períodos de guerras e crises econômicas

Annalena Baerbock, ministra de Relações Exteriores da Alemanha (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Annalena Baerbock, ministra de Relações Exteriores da Alemanha (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 5 de março de 2024 às 15h13.

Ministra de Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock disse nesta terça-feira, 5, que a adesão dos países dos Bálcãs Ocidentais à União Europeia (UE) é uma "necessidade geopolítica" que tornaria a Europa mais forte frente à guerra entre Rússia e Ucrânia.

As seis nações - Albânia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Kosovo, Montenegro e Macedônia do Norte - encontram-se em diferentes fases do processo de adesão à UE, após um período de guerras e crises na década de 1990.

"Gostaria que todos os seis países dos Bálcãs Ocidentais pudessem aderir", disse Annalena Baerbock durante uma visita a Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina. "As condições para isso devem ser criadas."

Baerbock viajou para Montenegro e Bósnia para apoiar a sua integração no bloco de 27 nações.

A Rússia tradicionalmente domina os Bálcãs, particularmente entre os cristãos ortodoxos sérvios.

O líder dos sérvios da Bósnia, Milorad Dodik, tem sido abertamente pró-Rússia enquanto enfrenta sanções dos EUA e do Reino Unido pelas suas políticas separatistas na Bósnia. Na Sérvia, o governo populista se recusou a aderir às sanções ocidentais contra Moscou.

Seus pedidos de adesão estão paralisados há anos. Mas depois da guerra da Rússia contra a Ucrânia, os responsáveis da UE oferecem agora um pacote de 6 bilhões de euros aos países dos Bálcãs Ocidentais para encorajar reformas e afastá-los da influência russa. Para que os candidatos adiram à UE, têm de passar por um longo processo para alinhar as suas leis e normas com as do bloco e mostrar que as suas instituições e economias cumprem as normas democráticas.

"A guerra de agressão russa não está sendo travada apenas com bombas, mísseis, drones e os piores ataques à população civil na Ucrânia, mas, como ouço repetidas vezes aqui nos Bálcãs Ocidentais, também inclui a guerra híbrida", afirmou Baerbock.

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