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Ministério Público de Portugal abre investigação sobre incêndio

Segundo o MP, a investigação está sob "segredo judicial" e procura contribuir para esclarecer as circunstâncias da tragédia

Incêndio: o fogo começou na tarde de sábado em Pedrogão Grande, no distrito de Leiria, provavelmente pelo impacto de um raio em uma árvore seca (Rafael Marchante/Reuters)

Incêndio: o fogo começou na tarde de sábado em Pedrogão Grande, no distrito de Leiria, provavelmente pelo impacto de um raio em uma árvore seca (Rafael Marchante/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de junho de 2017 às 08h45.

Lisboa - O Ministério Público (MP) de Portugal abriu uma investigação para esclarecer "as causas e consequências do incêndio" que começou no sábado no centro do país, no qual morreram 64 pessoas e mais de 200 ficaram feridas.

O MP confirmou à Agência Efe a abertura do processo, que está sob "segredo judicial" e procura contribuir para esclarecer as circunstâncias da tragédia.

O fogo começou na tarde de sábado em Pedrogão Grande, no distrito de Leiria, provavelmente pelo impacto de um raio em uma árvore seca, segundo apontou a Polícia Judicial (PJ) menos de 24 horas depois.

No entanto, a hipótese - que ainda precisa ser esclarecida através de uma investigação mais profunda - foi questionada pelo presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal, Jaime Marta Soares, que se mostrou cético pela celeridade com a qual a explicação foi oferecida.

"Estou convencido de que o impacto de um raio caiu bem mais tarde do início do incêndio. O início do incêndio foi às 15h e o raio foi um pouco mais tarde, quando o incêndio já tinha grandes proporções", disse nesta quarta-feira à rede de televisão lusa "SIC".

Cinco dias depois do início das chamas, e já com o incêndio sob controle, as perguntas em Portugal também se dirigem para a gestão do fato, que engloba tanto organismos de alerta como de socorro.

Os máximos responsáveis do Instituto Português de Mar e Atmosfera, a Guarda Nacional Republicana (GNR) e Proteção Civil foram questionados pelo primeiro-ministro, António Costa, que indicou que, com base em informações das quais dispõe até o momento, não foram cometidos erros.

Enquanto isso, a imprensa portuguesa destaca hoje que o Ministério de Administração Interna não anunciou ainda a abertura de uma investigação sobre a tragédia.

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