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Milhares de búlgaros vão às ruas a favor e contra o governo

Sofia - Dezenas de milhares de oponentes e apoiadores do governo liderado por socialistas da Bulgária foram às ruas neste sábado, evidenciando a divisão política crescente e a incerteza no país mais pobre da União Europeia. O primeiro ministro, Plamen Oresharski, prometeu ficar no poder e levar adiante reformas que ajudem os mais carentes e […]


	Homem agita uma bandeira da Bulgária em frente ao Parlamento: país está dividido
 (Nikolay Doychinov/AFP)

Homem agita uma bandeira da Bulgária em frente ao Parlamento: país está dividido (Nikolay Doychinov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2013 às 11h36.

Sofia - Dezenas de milhares de oponentes e apoiadores do governo liderado por socialistas da Bulgária foram às ruas neste sábado, evidenciando a divisão política crescente e a incerteza no país mais pobre da União Europeia.

O primeiro ministro, Plamen Oresharski, prometeu ficar no poder e levar adiante reformas que ajudem os mais carentes e aumentem a renda em um comício organizado pelos socialistas e seus parceiros minoritários de coalizão, o partido de etnia turca MRF, na capital Sofia.

Em um comício separado em Plovdiv, a segunda maior cidade búlgara, milhares de apoiadores do principal partido de oposição, o Gerb, exigiram a renúncia do gabinete e eleições antecipadas, acusando o governo de incompetência e corrupção.

O gabinete liderado pelo socialistas assumiu em maio, depois que o governo de centro-direita do Gerb renunciou na esteira de protestos em massa motivados por corrupção e pelo alto custo das empresas públicas.

O Gerb conquistou a maioria dos votos no pleito de maio, mas fracassou na formação de um governo. O gabinete desfruta de uma maioria instável com o apoio extraoficial da agremiação nacionalista Attack.

A maioria dos analistas diz que o governo não completará seu mandato de quatro anos.

Muitos búlgaros esperavam que se juntar à UE, seis anos atrás, traria prosperidade ao ex-Estado comunista e poria fim à corrupção endêmica e ao crime organizado, e estão agora desiludidos com as elites políticas encasteladas que, segundo os descontentes, acreditam só trabalhar em benefício próprio.

O país, que ainda não prendeu nenhuma autoridade do governo por corrupção, possui salário médio de 400 euros (cerca de 1.200 reais), o mais baixo do bloco de 28 nações. (Reportagem de Tsvetelia Tsolova)

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