Redatora na Exame
Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 09h36.
A geração de pessoas nascidas entre 1981 e 1996, conhecida como millennials, está alcançando alguns marcos financeiros em um ritmo mais rápido do que o esperado por pesquisadores do Federal Reserve Bank de St. Louis. Ainda assim, boa parte dos membros dessa geração se sentem deixados para trás nos Estados Unidos.
Um estudo do banco americano mostrou que o patrimônio médio dos millennials mais velhos está 37% acima das expectativas, de acordo com dados de 2022. Nas análises anteriores, que consideravam dados de 1989 a 2016, as pessoas dessa faixa etária costumavam ter ganhos reais abaixo das expectativas dos analistas.
Para os millennials mais velhos, com cerca de 38 anos de idade, os autores estimavam um patrimônio médio de US$ 95 mil, calculado com base no desempenho que outras gerações tiveram nessa mesma faixa etária. O estudo descobriu, no entanto, que o patrimônio médio é de mais de US$ 130 mil. No caso dos mais jovens, o valor chegou a US$ 41.000.
Ainda assim, grande parte da geração não percebe esses ganhos em seu cotidiano. Mais da metade dos adultos (55%) com idades entre 18 e 34 anos dizem que é “muito mais difícil” comprar uma casa hoje do que foi para seus pais, de acordo com uma pesquisa de 2023 da Youth & Money in the USA, feita pela CNBC e pelo Generation Lab.
Analistas americanos acreditam que essa diferença na percepção se deva a uma grande divisão de classe que existe dentro da mesma geração.
A diferença de riqueza entre os millennials é maior do que a de qualquer outra geração, segundo um estudo recente da Universidade de Chicago. “Os millennials são tão diferentes entre si que não faz sentido falar sobre a ‘experiência média’ dos millennials”, afirmaram os autores.