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Militares venezuelanos marcham em Caracas e pedem paz

O general porta-voz do movimento fez pedidos de paz e tranquilidade, pois, segundo ele, "o povo da Venezuela não se merece este tratamento"

Venezuela: durante as últimas duas semanas, os militares foram criticados pela oposição por conta da atuação nos protestos antigovernamentais (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: durante as últimas duas semanas, os militares foram criticados pela oposição por conta da atuação nos protestos antigovernamentais (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de abril de 2017 às 12h44.

Caracas - Centenas de militares das Forças Armadas da Venezuela (FANB) desfilaram nesta segunda-feira em Caracas para comemorar o sétimo aniversário do grupo, ao mesmo tempo em que fizeram um chamado à paz e ao não derramamento de sangue em meio a protestos contra o governo nos últimos dias.

"Fazemos um apelo à prudência, um apelo à sensatez, ao bom senso de evitar derramamento de sangue como feito antes, há três anos", disse o comandante da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada), Benavides Torres na sede militar frente a dezenas de oficiais.

O geral, que comandou um desfile pela zona oeste de Caracas, reiterou os pedidos de paz e tranquilidade, pois, segundo ele, "o povo da Venezuela não se merece este tratamento".

Por sua vez, o ministro de Defesa, Vladimir Padrino López, encabeçou um desfile no passeio Los Próceres, onde centenas de militares compareceram, desde às cinco da manhã (horário local), para homenagem aos soldados bolivariana, um corpo criado pelo falecido Hugo Chávez, em 2007, mediante lei presidencial.

"Hoje, a Força Armada Bolivariana é um conceito estratégico, é uma arma estratégica que não representa somente a união do povo, é uma união entre o povo e a Força Armada, e também é o povo em armas", sustentou Padrino, após assegurar que este grupo de civis armados está "mais comprometido com os interesses da pátria".

Durante as últimas duas semanas, os militares foram criticados pela oposição por conta da atuação nos protestos antigovernamentais que deixaram pelo menos seis mortos, uma centena de detidos e várias dezenas de feridos.

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