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Militares tailandeses põem ex-primeira-ministra em liberdade

A ex-primeira-ministra do país, Yingluck Shinawatra, estava retida desde sexta-feira junto com dezenas de outros líderes políticos

A ex-primeira-ministra do país, Yingluck Shinawatra: ela estava retida desde sexta-feira (Reuters)

A ex-primeira-ministra do país, Yingluck Shinawatra: ela estava retida desde sexta-feira (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2014 às 13h27.

Bangcoc - A junta militar da Tailândia pôs em liberdade a ex-primeira-ministra do país, Yingluck Shinawatra, que estava retida desde sexta-feira junto com dezenas de outros líderes políticos, informaram neste domingo fontes de seu entorno à rede americana 'CNN'.

Yingluck foi convocada a prestar depoimento em um clube do exército na sexta-feira e depois foi levada a uma base militar pelos militares, no dia seguinte ao golpe de Estado proclamado após sete meses de protestos antigovernamentais.

Os militares chegaram a convocar 150 políticos e membros do governo deposto, entre eles 22 membros e aliados do clã Shinawatra, que dominou a política tailandesa nos últimos 13 anos.

O porta-voz do exército, Winthai Suwaree, assegurou que todos os detidos estão sendo bem tratados e que vários deles já foram postos em liberdade.

'Nem estão trancados, nem foram torturados. Estamos tratando todos com honra (...) Lhes informamos sobre a necessidade que cooperem para ajudar a resolver os problemas do país', disse Winthai em declarações dadas ao jornal local 'The Nation'.

Yingluck, que ganhou as eleições de 2011 com ampla maioria, foi obrigada a renunciar há duas semanas em uma controvertida decisão judicial do Tribunal Constitucional por abuso de poder na substituição de um alto funcionário.

A ex-primeira-ministra também é investigada na Comissão Anticorrupção por suposta negligência no polêmico programa de ajudas ao arroz, criticado por irregularidades e por causar perdas milionárias aos cofres do Estado.

O golpe militar sofreu a oposição de centenas de pessoas que desafiaram nos últimos dias a proibição de assembleias populares para exigir a volta ao sistema democrático, mas não houve grandes episódios de violência.

O exército alega que tomou o poder para evitar confrontos entre os manifestantes a favor e contra o governo de Yingluck Shinawatra.

A Tailândia vive uma grave crise política desde o último golpe de Estado, em 2006, contra Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck e que vive no exílio para evitar uma pena de dois anos de prisão por corrupção.

Os militares tailandeses protagonizaram 19 tentativas de golpe de estado, das quais 12 se consumaram, desde o fim da monarquia absolutista em 1932. EFE

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