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Militares são acusados por morte de ex-presidente marfinense

Guéï, chefe da Junta Militar de 1999 a 2000, foi assassinado na noite do dia 19 de setembro de 2002


	O ex-presidente Laurent Gbagbo é acusado de ser um dos responsáveis pela onda de violência entre dezembro de 2010 e abril de 2011
 (Getty Images)

O ex-presidente Laurent Gbagbo é acusado de ser um dos responsáveis pela onda de violência entre dezembro de 2010 e abril de 2011 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2012 às 20h36.

Abidjan - Quatro oficiais do Exército marfinense foram acusados nesta segunda-feira pelo assassinato de Robert Guéï, chefe da Junta Militar surgida do golpe de estado que derrubou o regime do ex-presidente Henri Konan Bedié em dezembro de 1999.

O procurador militar Ange Kessi anunciou hoje as acusações contra o comandante Anselme Seka Yapo, o general Brunot Dogbo Blé, antigo comandante da temida Guarda Republicana; o tenente-coronel Katé Gnatoa, e o capitão Mory Sakanoko, por cumplicidade de assassinato, todos eles atualmente sob detenção.

Guéï, chefe da Junta Militar de 1999 a 2000, foi assassinado na noite do dia 19 de setembro de 2002, nas primeiras horas da rebelião que provocou a partilha política do país.

Em entrevista coletiva, o procurador militar destacou que o comandante Anselme Seka Yapo confessou perante o promotor que executou o general Guéï e sua esposa.

A Costa do Marfim se encontra imersa em um complicado processo de reconciliação nacional após duas crises pós-eleitorais que sacudiram o país africano desde o início deste século.

O ex-presidente Laurent Gbagbo é acusado de ser um dos responsáveis pela onda de violência entre dezembro de 2010 e abril de 2011 e na qual morreram três mil pessoas, segundo números das Nações Unidas.

Esta crise marfinense começou depois do segundo turno das eleições presidenciais, em novembro de 2010, quando Gbagbo, presidente da Costa do Marfim desde 2000, se negou a admitir sua derrota contra Alassane Ouattara e a ceder-lhe o poder, apesar da pressão internacional.

Por outra parte, amanhã, terça-feira, começará o julgamento contra 40 militares partidários de Ouattara acusados de crimes cometidos durante a citada crise. 

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