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Militares que tentaram golpe de Estado no Gabão são detidos

Cinco militares tomaram o controle da emissora pública de rádio e televisão na madrugada desta segunda e convocaram uma rebelião em massa

Gabão: uma imagem estática tirada de um vídeo postado em 7 de janeiro de 2019 mostra oficiais militares dando uma declaração de uma estação de rádio em Libreville, no Gabão (Terceiros/Reuters)

Gabão: uma imagem estática tirada de um vídeo postado em 7 de janeiro de 2019 mostra oficiais militares dando uma declaração de uma estação de rádio em Libreville, no Gabão (Terceiros/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 09h43.

Os amotinados no Gabão foram detidos, ou estão foragidos, e a situação no país está sob controle após uma tentativa de golpe militar - declarou o porta-voz do governo, Guy-Bertrand Mapangou, nesta segunda-feira (7).

"A tranquilidade voltou, a situação está sob controle", disse o porta-voz à AFP, acrescentando que, do comando de cinco militares que tomaram o controle da emissora pública de rádio e televisão na madrugada desta segunda convocando uma sublevação, "quatro foram detidos, e um está foragido".

A União Africana (UA) "condenou fortemente" a tentativa de golpe.

"Reafirmo a rejeição total da UA de qualquer mudança inconstitucional de poder", tuitou o presidente da comissão deste organismo, Musa Faki Mahamat.

As forças de segurança foram enviadas para a capital e vão permanecer na cidade nos próximos dias para manter a ordem, informou o porta-voz.

A AFP constatou a mobilização da guarda republicana em torno do edifício da Rádio Televisão Gabonesa (RTG). O porta-voz do governo anunciou ainda que as fronteiras do país continuam abertas.

Às 6h30 locais (3h30 em Brasília) desta segunda-feira, um grupo de militares leu uma mensagem na rádio pública, anunciando a criação de um Conselho Nacional de Restauração frente à ausência do presidente Ali Bongo, hospitalizado no Marrocos.

Em 24 de outubro, o presidente Bongo, que estava na Arábia Saudita, sofreu um AVC e foi hospitalizado em Riad. Lá, recebeu tratamento por um mês e, depois, foi transferido para Rabat, no Marrocos, onde estaria se recuperando.

Há dois meses, as autoridades dão apenas informações parciais sobre a saúde do presidente, alimentando todo tipo de rumor.

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