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Militares negam morte de ex-ditador Hosni Mubarak

A agência oficial egípcia Mena afirma que ex-ditador está 'clinicamente morto'. Tensão cresce com guerra de versões

Mubarak, de 84 anos, está em uma ala médica da prisão de Tora (Getty Images)

Mubarak, de 84 anos, está em uma ala médica da prisão de Tora (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h02.

São Paulo - O general Mamdouh Shahin, membro do Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, disse à rede CNN que o ex-ditador Hosni Mubarak não está 'clinicamente morto' conforme foi relatado pela agência oficial Mena, alimentando a guerra de versões sobre o estado de saúde do tirano e aumentando a tensão no país. De acordo com Shahin, Mubarak segue em "estado crítico". Fontes militares ouvidas pela agência Reuters também negam que o ex-ditador esteja morto - disseram que ele estaria inconsciente, mantido por aparelhos.

A informação foi veiculada em um momento de tensão no Egito, devido aos crescentes protestos contra o que os islamitas chamam de "golpe de estado" dado pelos militares, que dissolveram a Assembleia às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, as primeiras do pós-Mubarak.

A junta militar que sucedeu Mubarak no poder é frequentemente acusada de levar muito lentamente o processo de transição para a democracia, ou mesmo de não ter intenção de ceder o poder. O resultado oficial das eleições deve ser divulgado na quinta-feira. Até o momento, ambos os lados reivindicam a vitória.

Saúde - Mubarak, de 84 anos, está em uma ala médica da prisão de Tora, no sul do Cairo, desde sua condenação à prisão perpétua, no dia 2 de junho, quando seu estado de saúde declinou. A família do tirano pediu que ele fosse transferido para um hospital, como havia ocorrido antes de sua condenação, mas as autoridades respoderam que o ex-ditador seria tratado "como qualquer prisioneiro".

Mubarak foi condenado à prisão perpétua pelos crimes cometidos durante a repressão às revoltas que puseram fim a seu governo, no início de 2011, quando mais de 800 pessoas morreram.

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