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Militares egípcios pedem ao povo que evite manifestações

Segundo a televisão pública, o período do toque de recolher nas principais cidades do Egito foi ampliado neste sábado (29)

Este é o primeiro apelo oficial dos militares egípcios que dão respaldo à Polícia a fim de manter a segurança no país (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Este é o primeiro apelo oficial dos militares egípcios que dão respaldo à Polícia a fim de manter a segurança no país (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2011 às 09h11.

Cairo - As Forças Armadas do Egito pediram neste sábado à população do país que evite participar de manifestações públicas e respeite o toque de recolher imposto desde sexta-feira, informou a televisão pública.

Este é o primeiro apelo oficial dos militares egípcios desde que começaram a se mobilizar nesta sexta-feira para respaldar a Polícia a fim de manter a segurança no país, cumprindo ordens do presidente Hosni Mubarak. "As Forças Armadas pediram à população que se abstenha de realizar reuniões em lugares públicos e nas principais praças e que cumpra plenamente o toque de recolher", diz um comunicado do Ministério da Defesa, lido por um locutor da televisão estatal.

O Ministério da Defesa argumenta que o pedido se justifica pelas "ações de sabotagem e violência" que estão sendo registradas nas últimas horas no país, e adverte que os infratores "enfrentarão sanções judiciais". Segundo a televisão pública, o período do toque de recolher nas principais cidades do Egito foi ampliado neste sábado.

A proibição de circular regerá a partir de agora de 16h deste sábado até 8h de domingo local (12h deste sábado às 4h de domingo de Brasília). A medida continuará nas mesmas cidades: Cairo, Alexandria e Suez.

Por causa da situação política no Egito, a inauguração da Feira Internacional do Livro do Cairo, que contaria neste sábado com a presença do presidente egípcio, foi adiada, tal como informaram fontes oficiais. A presença de Mubarak na Feira seria a primeira aparição pública nos últimos dias, desde que se intensificaram os protestos públicos contra seu regime político. 

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