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Militares controlarão novo parlamento na Tailândia

Mais da metade do novo parlamento interino será formado por militares, segundo lista de deputados feita pela junta militar


	Militares em guarda na Tailândia: são 70 militares na ativa e 36 na reserva
 (AFP/Getty Images)

Militares em guarda na Tailândia: são 70 militares na ativa e 36 na reserva (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 09h40.

Bangcoc - Mais da metade do novo parlamento interino da Tailândia será formado por militares na ativa e da reserva, segundo a lista de deputados elaborada pela junta militar, aprovada na noite de quinta-feira pelo rei Bhumibol Adulyadej.

O Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, nome oficial da junta, selecionou os primeiros 200 dos 220 membros do legislativo, e 106 deles são membros das forças armadas.

São 70 militares na ativa e 36 na reserva, e entre eles há 40 generais, 17 marechais em chefe do ar e 14 almirantes.

O resto de membros do parlamento é formado por 11 policiais e 84 civis, incluídos burocratas, ex-senadores, acadêmicos e diretores de empresas.

Entre os deputados estão Preecha Chan-ocha, irmão do chefe da junta militar, Prayuth Chan-ocha, e Patcharawat Wongsuwan, irmão de Prawit Wongsuwan, outro dos líderes do golpe de estado de 22 de maio.

O novo parlamento, que segundo a imprensa local se reunirá pela primeira vez em 7 de agosto, será o encarregado de nomear o primeiro-ministro, que deve ser assumido por Prayuth, que conservaria seu posto à frente da junta militar.

O primeiro-ministro elegerá um governo interino para ser formado em setembro e que, revelou a imprensa local, incluiria os principais dirigentes da junta.

Entre eles, estaria Anupong Paochinda, antecessor de Prayuth como chefe do exército, que seria nomeado vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, e o comandante supremo das Forças Armadas, Tanasak Patimapragorn, que assumiria as relações exteriores.

O novo parlamento foi aprovado uma semana depois da sanção da constituição interina na qual a junta deu a si mesma todo o poder para criar uma "democracia genuína", além de anistiar todos seus membros.

A junta militar pretende realizar uma série de reformas políticas, sociais e econômicas que, anunciou, culminarão em outubro de 2015 com a convocação de eleições para a escolha de um novo parlamento.

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